Quem tem Geílson não precisa de Robinho. Pelo menos hoje, a afirmação valeu para o torcedor do Santos. Com dois gols do novo dono da camisa 7, a equipe do técnico Alexandre Gallo bateu o Coritiba por 2 a 0, na Vila Belmiro, e reassumiu a liderança do Campeonato Brasileiro, com 41 pontos. Mesmo com vários desfalques, o Santos não precisou se esforçar muito para superar o fraco adversário. Bastaram 45 minutos de futebol razoavelmente bom para construir o resultado positivo.
Na primeira vez em que foi ao ataque, o time da Vila Belmiro abriu o marcador. Da direita, Ricardinho cobrou falta na área, Douglas não alcançou, mas Geílson apareceu livre e mandou para as redes.
De forma inteligente, a equipe de Alexandre Gallo explorou a maior deficiência do adversário, que mesmo com três zagueiros, apresentou falhas primárias na marcação. Dessa forma, chegou ao segundo gol, quando Wendell avançou pela esquerda e cruzou para Geílson, livre, tocar no contrapé do goleiro.
Para piorar, com menos de 30 minutos, Cuca foi obrigado a fazer duas substituições, por lesão: James e Douglas Peruíbe entraram nos lugares de Marquinhos e Allan. Totalmente desarrumado, o time paranaense ficou sem reação. O Santos também diminuiu o ritmo e o jogo se arrastou, até o intervalo. Antes, porém, Léo Lima teve boa chance, dentro da área, mas quis tocar de letra e perdeu o gol.
A desvantagem obrigou o time do Paraná a partir para o ataque na fase final. Mas a pressão era totalmente desordenada e não chegou a ameaçar o goleiro Saulo. Os santistas se limitaram aos contra-ataques. Mesmo assim, quase marcaram o terceiro. Wendell cruzou para Geílson, que cabeceou bem, mas Douglas defendeu.
Diante da falta de produtividade do ataque, Gallo tirou Douglas e mandou Basílio para o gramado. Mas a alteração não surtiu efeito - também porque o meio-campo errou muitos passes e alguns jogadores que deveriam armar os lances ofensivos, casos de Ricardinho e Léo Lima, simplesmente se omitiram da tarefa. Geílson, isolado na frente, tentou alguns lances de habilidade, mas não conseguiu superar a defesa adversária.
É certo que em alguns lances, o garoto de 21 anos abusou do individualismo. Aos 35, recebeu na direita, mas ao invés de passar a Basílio, livre na área, arriscou o chute e perdeu boa chance de gol.
A melhor chance do Coritiba ocorreu numa bola parada. Aos 36 minutos, Jackson cobra escanteio pela esquerda, o santista Luís Alberto desvia de cabeça, para trás, a bola bate no travessão, mas sai pela linha de fundo.
Mais tranqüilidade para o elenco santista, que na quarta-feira terá de bater o Fluminense, por 1 a 0, na VIla Belmiro, para se classificar à próxima fase da Copa Sul-Americana - no primeiro jogo, no Rio, o time carioca levou a melhor, por 2 a 1.