Após enfrentar um difícil momento em sua vida, quando, em 2012, fortes dores nos braços o afastaram do trabalho, o engenheiro de computação, Fábio Laé de Souza, 38, resolveu criar algo que o mantesse útil, mas que beneficiasse alguém.
“Queria algo mais do que fazer doações para uma criança específica. Queria ser parte da solução do problema. Ao mesmo tempo, isso ajudaria as pessoas e ajudaria a mim mesmo. Eu precisava provar que eu ainda era útil, que não era um inválido”. Foi assim que surgiu o site “Clique da Esperança”.
Fábio tinha o conhecimento, mas, impedido de digitar, contou com a ajuda da esposa, Carolina Saliby, 35 anos.
Um ano depois de entrar no ar, ele comemora o sucesso da sua causa. A página virtual, que funciona como uma ‘vaquinha’, tem sido capaz de mudar a vida de famílias brasileiras que necessitam de recursos para manter seus filhos vivos. São meninos e meninas com doenças graves que precisam de tratamento, geralmente caro e urgente.
Em um ano, o Clique da Esperança já ajudou mais de 30 famílias, com arrecadação que soma mais de R$ 550 mil. Atualmente, são 22 campanhas no ar e a meta é arrecadar, em 2015, R$ 5 milhões.
Vários casos do Clique da Esperança ganharam repercussão nacional e até internacional, como foi o caso das crianças Sofia e Pedrinho, que recentemente passaram por transplantes em Miami. Agradecidas e solidárias com a iniciativa de Fábio, hoje as famílias das crianças continuam divulgando o site e suas campanhas. Para Patrícia Lacerda, mãe da pequena Sofia, a iniciativa é fundamental para manter a esperança das famílias. “O dinheiro é importante, fundamental, mas o Fábio também conversa com as famílias, mostra que é possível ter esperança. A ajuda que ele oferece é, muitas vezes, essencial para manter as pessoas de pé e confiantes na solução dos seus problemas”, conta.
No site é possível acompanhar caso a caso, campanhas em andamento e já encerradas. Nesse último caso, enquadram-se famílias que conseguiram alcançar o valor necessário, ganharam na Justiça o direito deque o governo pagasse o tratamento ou, infelizmente, crianças que não resistiram durante a espera, como é o caso do menino George Cesar, que faleceu no dia 20 de outubro de 2014. “Nosso guerreiro George Cesar nos deixou e foi brilhar no céu! Sentimos um orgulho imenso pela sua garra, coragem e força, mas a vontade de Deus é maior. Temos a certeza que Deus cuidará deste anjinho muito especial com muito carinho”, diz a mensagem no site.
Como ajudar
O site aceita doações de R$ 5 até R$ 1 mil. A transação é feita pela plataforma PagSeguro e o valor é depositado diretamente na conta dos pais da criança. “Nós apenas fornecemos o sistema. O dinheiro cai direto na conta das famílias que são ajudadas, não temos nenhum contato. Nosso papel é facilitar a doação e fornecer um resumo detalhado sobre quanto foi arrecadado e quem fez a doação”, informa. O Clique da Esperança não cobra nenhum tipo de taxa e os valores são representados por presentes virtuais ou mimos. Por R$ 50, por exemplo, é possível “comprar” roupinhas para Cauã Gabriel, que precisa de um transplante de intestino feito apenas nos Estados Unidos. O bebê já recebeu, até o momento, R$ 18 mil em doações por meio do site. Com informações do “UOL”.
Site: Cliquedaesperanca.com.
Facebook: Clique da Esperança.