O esquema de manipulação de resultados de jogos de futebol está restrito ao árbitro Edílson Pereira de Carvalho. A avaliação foi feita nesta terça-feira pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Luiz Zveiter, após encontro com promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público), em São Paulo. Zveiter revelou, no entanto, uma mudança no rumo das investigações.
Disse que os três jogos que haviam sido descartados por não terem sido manipulados - Juventude x Figueirense, São Paulo x Corinthians e Fluminense x Brasiliense - voltam a ser investigados. Até ontem, o STJD trabalhava na análise de apenas oito jogos que estariam “contaminados”.
“Estou falando de hoje. É claro que se novos fatos surgirem a situação muda, mas hoje, com os dados que temos em mãos, o esquema está restrito ao Edílson. Não temos evidencias que outros árbitros estejam envolvidos”, afirmou Luiz Zveiter, após o encontro com os promotores. “Ao que tudo indica, se trata de um problema pontual”, acrescentou.
Zveiter reiteirou que a atuação do Paulo José Danelon no esquema ainda não foi confirmada. “Por enquanto não podemos falar nada do Danelon. Ele tem depoimento previsto, mas apenas na condição de investigado”. Danelon foi acusado por Edílson de fazer a intermediação entre ele e o empresário Nagib Fayad, que fazia as apostas e pagava o árbitro por resultado.
CBF - Luiz Zveiter garantiu que jogos que eventualmente tiverem os resultados anulados serão disputado novamente, antes de o campeonato terminar “para não falarem que estará havendo casuísmo”, disse. “Eu conversei com o Ricardo Teixeira (presidente da CBF) e ele demonstrou estar empenhado em resolver esse problema. Ele me disse que haverá datas para a repetição de algumas partidas se for o caso”, afirmou.