A eterna diva do cinema, a italiana Sophia Loren completou 80 anos na última semana e está aproveitando para lançar um livro de memórias, no qual revela detalhes de sua vida da pobreza ao estrelato.
Para escrever as 300 páginas de “Ontem, Hoje e Amanhã - Minha Vida” (em tradução livre do título original), Loren mergulhou no que chama de “baú de lembranças” à caça de fotos antigas, cartas e bilhetes de figuras como Cary Grant, Frank Sinatra, Audrey Hepburn e Richard Burton, sem falar de sua alma gêmea, o também italiano Marcello Mastroianni.
O livro, que inclui muitas passagens picantes, é um verdadeiro quem-é-quem do cinema mundial nos últimos 60 anos e uma crônica da vida de uma criança bastarda do Sul da Itália que vagabundeava pelas ruas na infância e se tornou uma das estrelas de cinema mais glamourosas do mundo.
Loren era uma adolescente pobre descoberta por um produtor de cinema que mais tarde se casou com ela e a transformou no que um crítico chamou de maior produtor de exportação italiano depois do macarrão. Sempre que ela comemora uma data importante, é quase um evento nacional na Itália. Um canal de televisão exibiu só filmes seus durante a semana como homenagem à mulher que ganhou dois Oscars, o primeiro em 1961 por seu retrato trágico de uma mãe nos tempos de guerra no clássico neo-realista de De Sica, “Duas Mulheres”.
Estão sendo organizadas exibições de fotos e mesas redondas sobre a ascensão extraordinária à fama planetária de uma adolescente pobre.
Seu encanto imperecível é tamanho que, há alguns anos, um cardeal católico brincou que, embora a clonagem seja eticamente errada, poderia se abrir uma exceção para Loren. Fonte: Reuters.