O ditador Bashar al Assad disse que a Síria iria derrotar o que ele chamou de um "complô estrangeiro" contra o país, de acordo com a agência de notícias “Sana”.
"O povo sírio não permitirá que essa conspiração atinja seus objetivos", disse Assad. "O que está acontecendo agora não é dirigido apenas à Síria, mas a toda região", completou Assad, no dia 26, ao receber um enviado do Irã em Damasco, segundo a Sana.
No dia da afirmação do ditador, ao menos 370 pessoas morreram - sendo que pelo menos 200 em Daraya, perto de Damasco - segundo o OSDH (Observatório Sírio dos Direitos Humanos). O balanço é impossível de ser confirmado por fontes independentes pelas restrições impostas pelas autoridades sírias à imprensa.
O OSDH informou a descoberta de dezenas de corpos não identificados na localidade de Daraya, na região de Damasco. As descobertas deste tipo, geralmente corpos de vítimas de execuções sumárias, se multiplicam na Síria nas últimas semanas.
Desde o começo da revolta contra Assad, em março de 2011, a violência deixou 25 mil mortos, segundo o OSDH, e mais de 200 mil sírios fugiram para países vizinhos, segundo o Acnur (Alto Comissariado da ONU para os Refugiados).
Deserção
O vice-presidente sírio Faruk al Shareh - objeto de intensas especulações sobre uma suposta tentativa de deserção - apareceu em público, no dia 26, pela primeira vez em mais de um mês, constatou um jornalista da France Presse.
Al Sharek foi visto em público pouco antes de um encontro com Alaedin Borujerdi, presidente da comissão parlamentar de política externa do Irã, principal aliado do regime na região.
Em 18 de agosto passado, a oposição informou sobre uma tentativa de Shareh desertar, o que foi imediatamente desmentido pelos meios oficiais.

