O homem acusado de atirar dentro de uma sinagoga de Pittsburgh, deixando 11 pessoas mortas, foi indiciado no dia 31. Robert Bowers, de 46 anos, recebeu 44 acusações criminais, incluindo crimes de ódio, de acordo com promotores. Ele poderá receber pena de morte.
"Hoje começa o processo de busca de justiça para as vítimas desses atos de ódio e cura para as famílias das vítimas, a comunidade judaica e nossa cidade", disse em comunicado Scott Brady, advogado dos EUA. “Nosso escritório não poupará recursos e trabalhará com profissionalismo, integridade e diligência de uma maneira que honre as memórias das vítimas.”
O anúncio foi feito na quarta-feira, conforme os funerais das vítimas do massacre continuavam a ser realizados.
Melvin Wax, de 87 anos, Irving Younger, de 69 anos, e Joyce Fienberg, de 75 anos, foram enterrados como parte de uma série de serviços que duram uma semana.
Visita de Donald Trump
O presidente Donald Trump, acendeu velas para as vítimas no dia 30, quando visitou sinagoga Tree of Life, onde o crime aconteceu.Trump e a primeira-dama, Melania, participaram de uma cerimônia no local.
No entanto, centenas de pessoas foram às ruas da cidade protestar contra a visita de Trump, carregando cartazes com mensagens contra seus discursos de ódio e afirmando que ele não era bem-vindo.
O prefeito de Pittsburgh, Bill Peduto, não se encontrou com o presidente, e pediu que ele consultasse os familiares das vítimas antes de tentar se reunir com algum deles.
De acordo com a agência Reuters, organizadores do protesto, ao anunciarem suas ações, repreenderam Trump: "O atirador que destruiu nossa comunidade acredita nas suas mentiras sobre a caravana de imigrantes no México", disseram, em referência ao grupo de imigrantes que marcha pelo México em direção aos EUA. "Ele acreditou nas mentiras antissemitas de que judeus estariam financiando a caravana".
Em uma publicação em redes sociais no sábado, o atirador Robert Bowers acusou a Sociedade Hebraica de Ajuda aos Imigrantes, um grupo que ajuda refugiados, de trazer para o país "invasores que matam o nosso povo". Com informações do G1 e USA Today.