Os banqueiros de Nevada estão preocupados com uma iniciativa de lei local imposta na maior comunidade do condado de Nye. De acordo com a medida, os imigrantes ilegais serão proibidos de abrir contas ou trocar cheques.
“Como faço negócios em Pahrmum (cidade em questão) com uma medida dessas?, pergunta Bill Martin, presidente do Banco Estadual de Nevada, se referindo à proposta da “Lei de Reafirmação Patriótica e do Idioma Inglês”.
A lei também estipula o fim da aceitação de identificações estrangeiras, proibição de aluguel de lojas, realização de empréstimos ou doação de dinheiro à imigrantes ilegais. Assim como estipula o inglês como idioma oficial local.
Funcionários dizem que a cláusula sobre a identificação pode impedir que os bancos da cidade continuem a aceitar como identificação o cartão que o consulado mexicano em Las Vegas vem emitindo desde 2002.
O consulado já emitiu cerca de 106 mil desses cartões, os quais confirma a identidade e residências atual do portador. Os cartões não são documentos migratórios.
Kirk Clausen, chefe regional do Wells Fargo Nevada, disse que a cláusula de identificações representa “uma preocupação enorme” para os bancos. Disse ainda que planeja buscar orientação das associações de banqueiros para resolver o impasse.
O Nevada State Bank tem duas sucursais em Pahrump, cidade com uma população de 33.241 habitantes onde a população latina é estimada em aproximadamente 11% desse número. Martin questionou como um banco poderá cumprir com essa nova medida.
“Se eles (os clientes) parecem latinos, devo pedir que se identifiquem?”, perguntou o funcionário do banco. “Posso tratá-los de acordo com seu tipo racial? Não acredito nisso”.