Mulheres que ingerem de maneira regular refrigerantes à base da planta cola, como a Coca-Cola e a Pepsi-Cola, podem ter aumentando o risco de ter osteoporose, de acordo com pesquisa divulgada na revista científica American Journal of Clinical Nutrition.
O estudo contou com a avaliação de 2,5 mil voluntários entre homens e mulheres. De acordo com os resultados apenas este tipo de refrigerante está ligado à baixa densidade mineral dos ossos em mulheres, independentemente da idade ou de quanto cálcio elas ingerem diariamente.
A osteoporose é mais comum em mulheres que já passaram da menopausa e faz com que os ossos fiquem mais fracos, quebrando-se com maior facilidade.
A pesquisa chefiada por Katherine Tucker, da Universidade Tucks, de Boston, utilizou dados sobre a alimentação dos voluntários e a densidade óssea deles na coluna e em três locais dos quadris, as áreas mais afetadas pela doença.
Os homens avaliados ingeriam uma média de cinco refrigerantes à base de cola por semana, enquanto as mulheres tomavam quatro.
O consumo das bebidas foi relacionado à menor densidade nos ossos do quadril, mas não na coluna, em mulheres. No caso dos homens, não foi encontrada qualquer ligação entre osteoporose e os refrigerantes.
Outros estudos já tinham mostrado que beber Pepsi-Cola, Coca-Cola e similares era prejudicial aos ossos porque substituiria o leite na dieta das pessoas, mas, no estudo da Universidade Tucks, as mulheres que bebiam mais refrigerantes não bebiam menos leite que as demais.
Porém, a ingestão total de cálcio, incluindo feijão e folhas verde-escuras, era menor nas mulheres que consumiam mais refrigerantes.
Um porta-voz da Sociedade Nacional de Osteoporose da Grã-Bretanha disse que já havia informações sobre o impacto do ácido fosfórico na saúde dos ossos, mas, segundo ele, "o interessante sobre esse estudo é que as mulheres estudadas tinham uma boa ingestão de cálcio e ainda assim tinham a densidade óssea afetada pelo fato de beberem apenas quatro latas de refrigerantes cola por semana, o que não é muito".
Mas um porta-voz da Associação Britânica de Refrigerantes disse que "não há evidência científica de que o fosfato, usado na forma de ácido fosfórico em alguns refrigerantes, tenha qualquer efeito prejudicial na saúde dos ossos".