O número de recém-nascidos brancos, pela primeira vez na história dos Estados Unidos, ficou abaixo da metade do total de nascimentos registrados no país, de acordo com o Census de 2011. O fim da maioria racial ocorreu após uma queda de 11,4% nos nascimentos de bebês brancos no ano passado.
Segundo informações do “Estadão”, entre as minorias, também houve redução, mas bem menor, de 3,2%, o que representa um aumento proporcional. Na avaliação de demógrafos, a diminuição teria sido causada por famílias que optaram por adiar a decisão de ter um filho em razão da crise econômica que atingiu os EUA.
De acordo com dados publicados pelo census, no dia 17, pouco menos de dois milhões de bebês brancos nasceram nos EUA entre julho de 2010 e julho de 2011. Seis anos antes, esse número era de 2,5 milhões. Ao mesmo tempo, entre as minorias, o total de nascimentos foi de pouco mais de 2 milhões, ou 50,4% do total. Em 1990, o índice era de apenas 37%.
Redução de imigrantes
Apesar de hispânicos e asiáticos terem se transformado em maioria entre os recém-nascidos, houve uma redução no número de imigrantes que chegam aos EUA, segundo informações do censo. Em 2001, a população latina crescia 4,2% ao ano. Em 2011, aumentou apenas 2,5%. Uma desaceleração similar é observada entre os asiáticos.Os demógrafos americanos estudam agora qual das duas tendências afetará mais a composição da população dos EUA no futuro: se a queda da imigração hispânica e asiática compensará ou não a menor taxa de natalidade dos brancos. Estimativas recentes, antes da publicação das informações, indicavam que a população branca deixaria de ser maioria nos EUA por volta de 2040. Agora, com esses dados, novas previsões devem ser feitas.
No dia 17, havia divisões sobre se a data do fim da maioria branca nos EUA ocorrerá antes ou depois de 2040. Atualmente, as minorias representam 36,4% do total dos residentes no país.
Nos EUA, a população é dividida entre brancos, negros, hispânicos, asiáticos, nativos (indígenas) e outros. Os provenientes de países da América Central e Caribe, de língua espanhola, são colocados na subdivisão hispânica, mesmo que tenham origem branca, negra ou indígena.
Brasileiros, haitianos e jamaicanos ficam em uma espécie de limbo e se definem como quiserem. Os árabes, nos últimos anos, tentam se identificar como uma etnia separada.

