A seleção brasileira feminina de vôlei iniciou a fase final do Grand Prix com vitória sobre as russas por 3 sets a 0, com parciais de 25-15, 25-19 e 25-22, na cidade italiana de Reggio Calabria, em um jogo decisivo para as pretensões da equipe na competição.
As duas equipes fazem parte do grupo B da fase final, que conta ainda com o Japão. A vitória desta quarta-feira é um passo importante para as semifinais, já que as japonesas perderam duas vezes pela seleção na fase classificatória.
A partida colocou frente a frente as duas equipes de melhor campanha até o momento no Grand Prix - o Brasil, que terminou sem perder na fase de classificação com nove vitórias e apenas quatro sets, e a Rússia, derrotada apenas uma vez.
Além disso, a expectativa era muita diante do clima de revanche pela derrota nas semifinais dos Jogos Olímpicos de Atenas. Naquela partida, o Brasil chegou a ter 2 a 1 em sets e 24 a 19 na quarta parcial, mas perdeu a partida por 3 a 2.
Talvez seja por isso que as brasileiras começaram nervosas a partida, errando bolas fáceis e deixando as russas abrirem vantagem no placar. Porém, a seleção se recuperou e, ao fim da primeira parada técnica, já estava na frente por quatro pontos.
As russas chegaram a esboçar uma reação, mas, apoiadas no bloqueio e no saque, a seleção venceu por 25 a 15, com certa tranqüilidade.
No segundo set, as russas chegaram dispostas a fazer jogo duro e disputaram cada ponto da parcial. O Brasil chegou a fazer uma vantagem de 13 a 11, mas as adversárias encostaram novamente. Porém, a partir daí as comandadas do técnico Zé Roberto Guimarães voltaram a dominar as ações, aproveitando-se dos erros cometidos pelas adversárias e apostando nos ataques de Jacqueline. Após a segunda parada técnica, as brasileiras seguiram bem na recepção - até a líbero Arlene chegou a fazer um ponto numa defesa difícil - e no saque, impedindo as russas de reagir. Mesmo tentando parar o jogo, o italiano Giovanni Capara, técnico da Rússia, não conseguia fazer a equipe reagir. A seleção garantiu a segunda parcial num ataque de Sheilla que acabou desviado errado pela Rússia, fechando em 25 a 19 e abrindo 2 a 0 na partida.
No terceiro set, mais equilíbrio. Russas e brasileiras começaram virando todos os pontos, e o Brasil conseguiu abrir uma vantagem de três cinco no placar, com um 10 a 5.
Na parada técnica, Zé Roberto Guimarães tratou de acalmar suas jogadoras, mostrando-se muito satisfeito com a equipe. A calma continuou imperando dentro de quadra, com as brasileiras avançando no placar graças à excelente atuação do bloqueio e a erros adversários.
Mas a vantagem acabou prejudicando as brasileiras, que deixaram a Rússia encostar no placar e reduzir a diferença para apenas dois pontos. Desesperado, o técnico da Rússia tentou aproveitar mais uma parada para reorientar suas jogadoras.
No fim do set, as russas se perderam de vez em quadra, errando passes bobos e recepções - uma russa chegou a fazer uma condução na resposta de um saque. O placar foi aumentando a favor das brasileiras, com um 16 a 9.
Depois de mais uma parada, o técnico da Rússia colocou as reservas em quadra. As adversárias chegaram a esboçar uma reação, e o Brasil pareceu se desconcentrar.
Zé Roberto tratou logo de parar o jogo e chamar a atenção das jogadoras, exigindo mais ritmo em quadra. Jaqueline e Sassá responderam com ótimos ataques, dando ao Brasil a vantagem para fechar.
A Rússia voltou a ameaçar, encostando em 24 a 22 e assustando as brasileiras. Porém, num ataque de Fabiana, o Brasil fechou o set em 25 a 22 e a partida em 3 sets a 0. Sem dúvida, uma estréia com o pé direito para a seleção, que luta rumo ao sexto título do Grand Prix.