
Muitas pessoas não sabem o real significado da palavra “bioma”. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), bioma é um conjunto de vida animal e vegetal, cuja constituição é determinada pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, sob condições geoclimáticas e ciclos de mudanças similares, gerando diversidade biológica.
De toda a biodiversidade de espécies de fauna e flora existentes no mundo, 13% estão no Brasil, desse percentual a maior parte é encontrada na Amazônia. A floresta amazônica possui cerca de 4,2 milhões de quilômetros quadrados com diversas espécies de plantas, animais, fungos e bactérias.
Num local de 150 km em Manaus, é possível identificar 800 espécies de aves. Acredita-se que na Amazônia brasileira exista mais de 1.200 espécies - a região possui mais espécies de aves do que países inteiros como EUA e Canadá, esses dois países juntos possuem 700 espécies.
Enquanto que a Europa apresenta 200 espécies de peixes, a região amazônica possui mais de 2.000 espécies. No Lago Catalão, na região entre os Rios Negro e Solimões, há 300 espécies catalogadas. As informações são atualizadas e divulgadas pelo Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia).
Porém, segundo estimativas de cientistas, somente 10% das espécies amazônicas seriam conhecidas no Brasil. Em Belém, no Museu Emílio Goeldi, 70 novas espécies foram catalogadas no últimos seis anos. São plantas, macacos, peixes, vespas e até cobras.
Acredita-se que boa parte das espécies amazônicas pesquisadas são do entorno de Manaus e Belém.
Considerando a última Avaliação do Estado do Conhecimento da Biodiversidade Brasileira, o catálogo de espécies conhecidas em nosso país registrou um aumento de 168 mil espécies para 212 mil espécies. Há estimativas que indicam a existência de mais de 2 milhões de espécies. Em média, no Brasil, os cientistas descobrem 700 novas espécies ao ano, incluindo da região amazônica.
No território nacional, a Amazônia e o Pantanal ocupam mais da metade do Brasil. A Amazônia corresponde a 49,29% do território brasileiro; e o Pantanal, 1,76%. Nos últimos anos, os estudos têm sido mais eficazes e buscam também ampliar a descoberta de novas espécies nos demais biomas: Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Pampa.

