O rendimento médio mensal do trabalhador cresceu 4,6% em 2005 na comparação com 2004, ficando em R$ 805,00. Foi a primeira alta desde 1996, quando a média mensal dos salários foi de R$ 948,00.
Mesmo com a alta, o rendimento do trabalhador continua com grande defasagem em relação aos últimos nove anos. A diferença chega a 15%, como mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2005, divulgada nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo revela que de 2004 para 2005 as mulheres tiveram os maiores ganhos salariais. O crescimento foi de 6,3%, enquanto para os homens a alta foi de 3,9%. Todas as categorias de empregados tiveram melhoras salariais. Para os trabalhadores com carteira assinada o rendimento cresceu 3,6%, enquanto o dos trabalhadores não registrados aumentou 6,6%.
Em 2005, a população ocupada cresceu 2,9% em relação ao ano anterior, superando o número de pessoas que nasceram naquele ano (2%). O mercado de trabalho absorveu 56,8% da população ativa, o maior percentual desde 1996. Foram mais 2,5 milhões de pessoas, das quais a maioria eram mulheres.
O número de empregados com carteira assinada cresceu 5,3%, enquanto o dos empregados sem registro subiu apenas 0,1%. Entre os trabalhadores domésticos, 4,5% conseguiram registro e 2,3% permaneceram na informalidade.
A pesquisa destaca, ainda, que no setor agrícola o número de trabalhadores que plantam para o próprio consumo aumentou 15% em relação a 2004. O número de trabalhadores construíram para o próprio uso também teve alta expressiva, de 23%. Já o número de funcionários públicos federais cresceu 3,9% na mesma comparação.
A Pnad envolveu cerca 2 mil técnicos do IBGE, que visitaram 142.471 mil domicílios em todo o país e entrevistaram 408.148 pessoas. O estudo traz também dados sobre migração, educação, trabalho, família, domicílio e antecipa algumas informações da pesquisa suplementar sobre acesso à internet e posse de telefone celular para uso pessoal.
Agência Brasil