Uma brasileira que viveu em Orlando foi condenada por júri federal de uma fraude de visto H-2B que abasteceu, com cerca de 1.000 trabalhadores indocumentados, redes de hotéis na Flórida e no restante dos Estados Unidos.
O júri decidiu no dia 7 de novembro que Rafaela Dutra Toro, de 30 anos, é culpada de planejamento e execução de um maciço e complexo esquema de fraude de visto H-2B, de acordo com o Immigration and Customs Enforcement (ICE). Outros quatro co-conspiradores na trama foram condenados ou aguardam sentenciamento.
Toro recebeu a pena máxima de 10 anos de prisão federal, disse o ICE, e aguarda a audiência. Ela é cidadã brasileira e será sujeita à deportação dos Estados Unidos após servir sua sentença.
Toro trabalhou para o VR Services, com base em Orlando, uma grande empresa temporária que fornecia trabalhadores temporários a numerosas empresas da indústria hoteleira pela Flórida e Estados Unidos. Toro e co-conspiradores configuraram um esquema de contratação de trabalhadores estrangeiros sem permissão de trabalho, tomando vagas que normalmente seriam preenchidas por cidadãos americanos, disse ICE. Como parte da conspiração, Toro e seus co-conspiradores deram documentação falsa ao governo e manipularam um processo para conceder vistos H-2B a trabalhadores estrangeiros. Eles também submeteram contratos falsos com hotéis para encobrir seus rastros e falsamente relataram que trabalhadores americanos haviam sido contratados, quando na verdade não haviam.
Eles também mentiram sobre pagar trabalhadores estrangeiros para a aplicação de vistos H-2B, quando tinham pago trabalhadores entre $ 350 a $750 dólares cada um, para serem colocados em petições fraudulentas do visto. Toro e seus co-conspiradores forneceram trabalhadores estrangeiros para mais de 100 hotéis e permitiram que mais de 1.000 trabalhadores estrangeiros entrassem e permanecessem nos Estados Unidos ilegalmente, usando vistos H-2B obtidos de forma fraudulenta.
Um visto H-2B é concedido a certos trabalhadores estrangeiros para empregos temporátios nos EUA.
Outros quatro co-conspiradores foram condenados anteriormente por seus envolvimentos no planos. Wilson e Valeria Barbugli foram sentenciados em outubro de 2010 a 18 e 24 meses em prisão federal. Seu filho, Eduardo Dozzi Barbugli, foi sentenciado em dezembro de 2010, a 20 meses de prisão federal. Um quarto co-conspirador, Jose Maria Meza Diaz, será sentenciado ainda este mês, disse o ICE.

