Apenas um dia depois do presidente George W. Bush ter admitido a comparação entre os conflitos ocorrido no Iraque e no Vietnã, um porta-voz do Exército norte-americano situado em Bagdá disse publicamente que as últimas operações militares no país não tiveram êxito e que será preciso uma nova estratégia de ação.
Segundo o general William Caldwell, porta-voz chefe do Exército americano no Iraque, as medidas de segurança adotadas, que teve início em agosto, não conseguiu diminuir a violência que assola o país.
A quantidade de atentados cresceu mais de 20% nas primeiras três semanas do Ramadã [mês sagrado dos muçulmanos, época em que comer, beber e manter relações sexuais são atividades proibidas entre a alvorada e anoitecer], se comparadas com as três semanas anteriores, segundo matéria publicado hoje no jornal "The New York Times".
Erro de estratégia
A medidas de segurança tinham como principal objetivo a retomada do controle de Bagdá pelas forças de segurança norte-americanas por meio de uma ocupação bairro-a-bairro.
As tropas realizaram buscas em casas, construiram cabines de segurança e conseguiram "limpar" vários locais da presença de insurgentes. No entanto, a manutenção do controle nessas áreas se mostrou mais difícil do que o imaginado.
"Eles continuam retornando", afirmou Caldwell sobre os insurgentes, ainda segundo o "New York Times". Os militares consideram que o controle de Bagdá é crucial para o sucesso da ofensiva no Iraque.
O general disse também que a força militar dos EUA estava "trabalhando em conjunto com o governo do Iraque para determinar a melhor forma de redirecionar os esforços" no país. Não ficou claro quais serão os próximos passos tomados pelo Exército dos EUA no Iraque.