O presidente George W. Bush fez novo apelo nesta sexta-feira(16) aos congressistas para que seja aprovad uma reforma migratória integral.
Na entrevista coletiva, Bush voltou a dizer que apoia à iniciativa, com base na realidade econômica do país.
O presidente não deixou claro se vai assinar ou não a polêmica "lei do muro" aprovada pela Câmara de Representantes, mas afirmou continuar dando seu apoio a uma medida que permita a contratação temporária de trabalhadores estrangeiros.
"Acredito que, para proteger nossas fronteiras, o Congresso deve aprovar um plano de amplo alcance que inclua não apenas fundos para proteger as fronteiras, mas que reconheça também os indivíduos que entram no país para realizar trabalhos que os americanos não querem", afirmou Bush.
O presidente apresentou algumas das medidas realizdas por seu governo para diminuir a imigração ilegal. Bush também reiterou sua oposição à "cidadania automática" para os imigrantes.
Nessa quinta-feira(14), os parlamentares da Câmara aprovaram a construção de um muro de 1.125 quilômetros na fronteira com o México, o que vai de encontro aos desejos da Casa Branca e dos grupos pró-imigrantes que pressionam por uma reforma migratória integral.
A chamada "lei do muro", aprovada com 283 votos a favor e 138 contra, passará agora ao Senado, onde muitos republicanos já haviam aprovado em maio uma reforma mais parecida com a pedida por Bush.
Tanto Bush quanto os ativistas pró-imigrantes crêem que, além do reforço da segurança fronteiriça, a medida deve conter um plano de trabalhadores temporários e uma via para a legalização de alguns imigrantes ilegais.
Em paralelo à votação na Câmara, Bush proclamou o Mês da Herança Hispânica, que vai desta sexta-feira até o dia 15 de outubro, em reconhecimento às "muitas contribuições dos hispano-americanos" aos EUA em todos os âmbitos da vida nacional.