Sei que muita gente vai torcer o nariz para isso, mas… eu sou fã do Rubens Barrichello. É o piloto brasileiro para quem eu mais torci até hoje na Fórmula 1. Gostei de outros pilotos, claro, mas acho que o Barrichello foi o que mais me fez vibrar. Não vi o Emerson Fittipaldi, vi pouco do Nelson Piquet e, gostava muito, mas, não vibrei com o Senna o que vibrei com o Barrichello.
Por que isso? Não sei. Me lembro até hoje do dia em que ele venceu a primeira corrida. Eu estava em um hotel em Goiás, esperando para fazer um jogo entre o time da casa e o Corinthians.
Acompanhei pela TV o Grande Prêmio da Alemanha, realizado em Hockenheim. O ano era 2000. Era a primeira temporada dele na Ferrari e todos esperavam o dia dessa primeira vitória. Nesse GP, isso parecia impossível. Rubinho largou em 18º. Foi uma corrida mágica. No final, ele colou nos líderes e arriscou. Começou a chover e todo mundo parou para trocar os pneus. Barrichello seguiu com os pneus para pista seca. Era quase impossível manter o carro na pista naquela situação. Ele conseguiu!
Liguei na hora para o Rubão, pai do Barrichello. Ele não atendeu. Não sei porque liguei para ele e é claro que ele não atenderia. Se eu estava festejando, imagino como estava o pai do Barrichello. Deixei um recado. Até hoje eu não sei se ele pegou esse recado. Tomara que sim. Qualquer piloto seria alçado à categoria de gênio. Ele, por ser o Rubinho, só fez a obrigação.
Os torcedores sempre foram cruéis com o Barrichello. Nunca entendi direito o motivo. Pegavam no pé dele porque ele era o “segundo piloto” da Ferrari. O “primeiro piloto” era o gênio Michael Schumacher. Pelos números, um piloto ainda mais fantástico do que o Senna. Deixo claro que entre o alemão e o Senna eu escolheria o brasileiro. Acho que o Senna gostava mais de correr, era mais passional. Schumacher era um gênio quase que “sem graça”.
Voltando ao Rubinho… Uma vez entrevistei um cara na Alemanha que tinha um fã-clube do Barrichello. Perguntei por que o brasileiro. A resposta do alemão: “Ele tem um traçado perfeito. O jeito que ele entra na curva é de uma precisão impressionante. Ele tem um estilo limpo de pilotagem. Parece muito o Alan Prost.” O torcedor alemão comparou Rubinho ao gênio francês.
Ok, você não concorda. Claro que não. Porque no Brasil o Rubinho nunca foi tratado como gênio, nunca foi acima da média, nunca foi motivo de orgulho. Ele sempre foi alvo de piadas e gracejos. Não acho que ele está no patamar de Senna, Schumacher e outros que fizeram história. Mas não é um “Zé Ninguém”. Rubens Barrichello é um tremendo piloto, que sabe acertar um carro como poucos. Correu na Ferrari por seis temporadas. É o sonho de todo piloto. Ele conseguiu. Ganhou corridas, fez poles, ultrapassagens fantásticas. Rubinho faz parte da história do automobilismo brasileiro.
Agora, aos 42 anos, ele foi o campeão da temporada da Stock Car. É a principal categoria do automobilismo do país. Tem muito piloto bom correndo lá. Rubinho ganhou. Os críticos certamente vão arrumar alguma coisa para falar mal, tipo: a Stock é fraca, os outros pilotos são fracos… Sei lá o que vão falar. Sei que, quem falar, vai continuar sem razão. Rubens Barrichello é bom, acima da média e campeão. Valeu Rubinho!
AVALIAÇÕES DA SEMANA
BolãoFutebol Mineiro
Cruzeiro campeão brasileiro. Atlético campeão da Copa do Brasil. Parabéns Minas Gerais! Os mineiros dominaram o futebol esse ano.Bolacha
Fred
O jogador do Fluminense entrou, mais uma vez, em guerra com um jornalista. Dessa vez, a encrenca é com alguém do Globo.com. Acho até que o site não tem 100% de razão, mas essa nova confusão não leva à nada.Bolinha
Felipão
Os 7 a 1 contra a Alemanha foram traumáticos. Foi um resultado ridículo. Dificilmente Felipão apagaria isso sendo treinador do Grêmio. Não apagou e ainda está ganhando fama de chorão. Critica a CBF num chororô sem fim. Se sabe alguma coisa, e pode até saber, tem que falar. Se não, é um mimimi ridículo de quem já foi um gigante e se “apequenou”.