Desde que a nova regulação para investimento imobiliário entrou em vigor na China, em março, uma onda de casamentos e divórcios falsos vem alarmando as autoridades. Pela lei, quem deseja investir em propriedade no país em uma cidade diferente da do seu registro de residência, o hukou, deve apresentar comprovantes de pagamento de impostos dos últimos cinco anos. Porém, se um casamento se dá entre um local e um morador de fora da cidade, os documentos não precisam ser apresentados.
De acordo com o jornal “China Daily”, a polícia de Pequim estaria acusando as empresas Golden Time Real Estate e Jinziyan Real Estate de terem arranjado 17 casamentos falsos entre homens de outras regiões da China com mulheres de Pequim. As mulheres envolvidas no golpe recebiam uma quantia entre $4,9 mil e $8,15 mil dólares para casar e registrar um imóvel em seu hukou.
Como a lei do divórcio garante que o imóvel adquirido é daquele que pagou pela propriedade, e não de quem o registra, o negócio se provou lucrativo para muitas mulheres de classe média e baixa. Segundo o Ministério dos Assuntos Civis da China, o país registra, atualmente, uma média de 5 mil divórcios por dia. Em Xangai, o aumento de 13,16% nos pedidos de divórcio levou o governo local a lançar um limite diário.
