A cantora Zélia Duncan está completando 40 anos de uma vitoriosa carreira. E uma das novidades que ela anuncia nesta data especial é sua volta à Universal Music, companhia pela qual lançou discos de sucesso como "Sortimento" (2001), "Eu Me Transformo em Outras" (2004), "Pré Pós Tudo Bossa Band" (2005), entre outros. E na sua volta à major, Zélia lança um projeto que ela chama de "revisionista", o "Pelespírito". O novo trabalho é fruto de um encontro musical profundo com o poeta e produtor pernambucano Juliano Holanda, ao lado de quem Zélia compôs todas as 15 faixas que figuram no disco. "Meu novo encontro com o Juliano foi um acaso. Eu compus com várias pessoas durante esse tempo. Parceiros amados e queridos, como Ana Costa, Xande de Pilares, Lucina, Marcos Valle, Ivan Lins… tem sido incrível, mas, num certo momento, eu e o Juliano nos conectamos de uma maneira muito profunda, porque ele teve uma disponibilidade muito grande para mim e vice-versa. Esse álbum
também é um diálogo meu com ele, que mora em Recife. A gente não se viu e começou a compor por WhatsApp e a coisa fluiu de uma maneira absurda", revela a cantora.
O repertório passeia por ritmos como folk e country ("Viramos Pó?"), rock´n´roll ("Nas Horas Cruas"), sertanejo nordestino e pantaneiro ("Tudo Por Nada") e blues ("Sua Cara tá Grudada em Mim"). "Esse disco foi todo feito nesse clima de mistério. Claro que a vida é um grande mistério, mas a gente está num momento especialmente enigmático, porque estamos lidando com um vírus. E isso para nós, artistas, nos atingiu na espinha e no coração do nosso ofício, que prevê o encontro. A arte precisa se encontrar com quem vai absorvê-la de alguma forma. No caso da música e da performance, é muito difícil ficar longe de tudo isso", conta Zélia.