No dia 19 de janeiro, a comunidade musical e o público amante da boa música, relembra o aniversário de 40 anos da morte de Elis Regina, considerada por muitos a maior cantora brasileira de todos os tempos. Elis morreu aos 37 anos, no auge de uma carreira brilhante, em decorrência de problemas ligados ao consumo excessivo de álcool e drogas.
Elis nasceu em Porto Alegre, capital gaúcha, no dia 17 de março de 1945. Começou a cantar aos onze anos de idade, no programa "No Clube do Guri", na Rádio Farroupilha.
Em 1961, com 16 anos, viajou para o Rio de Janeiro, onde lançou seu primeiro disco, "Viva a Brotolândia". Passou a se apresentar no circuito Rio-São Paulo e logo foi convidada a estrear como apresentadora de TV, no programa "Noite de Gala" (TV Rio), que tinha entre os diretores o produtor Ronaldo Bôscoli, com quem ela se casaria e teria o primeiro filho, o músico e produtor João Marcello Bôscoli (nascido em 1970). Também com Bôscoli como diretor, ela faria muito sucesso no comando do lendário programa "O Fino da Bossa", ao lado de Jair Rodrigues. Com o fim do relacionamento com Ronaldo Bôscoli, ela casou-se com o pianista e arranjador Cesar Camargo Mariano, com quem teve outros dois filhos: Pedro Camargo Mariano (em1975) e Maria Rita (em 1977).
Por sua baixa estatura e seu comportamento explosivo, ganhou de Vinícius de Moraes o carinhoso apelido de Pimentinha. Ao todo, Elis gravou 31 álbuns em 20 anos de carreira. Entre os de maior destaque estão "Ela" (1971), "Elis e Tom" (1974), "Falso Brilhante" (1976), "Essa Mulher" (1979), "Saudade do Brasil" (1980) e "Elis" (1980).
Suas canções mais populares e mais marcantes são "Águas de Março" (gravada de forma solo e também com Tom Jobim), "Como Nossos Pais", "O Bêbado e a Equilibrista", "Fascinação", "Madalena", "Casa no Campo", "Romaria", "Upa Neguinho" e "Se Eu Quiser Falar Com Deus".