Um total de 43 milhões de crianças de 30 países não tem acesso à educação por causa das guerras, é o que indicou nesta terça-feira(12) a ONG Save the Children.
De acordo com o documento apresentado em Madri pela organização, o Paquistão é o país que apresenta a situação mais grave, com 7.813.000 crianças afetadas; seguido da Nigéria, com 7.662.000; Etiópia, com 5.994.000; Congo, com 5.290.000; e Sudão, com 2.405.000.
Diante destes dados, a Save the Children, que lançou nesta terça a campanha mundial Reescrevamos o Futuro, fez um apelo à comunidade internacional para cooperar para educá-los de forma satisfatória.
A ONG alerta que já que a duração média de uma guerra é de dez anos, boa parte dos menores não receberá nenhum tipo de ensino.
O objetivo é que os programas de escolarização atinjam 8 milhões de crianças que atualmente vivem em países em guerra.
De acordo com o presidente da Save the Children, José Miguel Contreras, 3 milhões de meninos e meninas poderão ir à escola pela primeira vez, e outros 5 milhões verão a qualidade do ensino que recebem melhorada com a campanha Reescrevamos o Futuro.
Contreras pediu às autoridades que transformem as escolas em zonas livres de conflitos para proteger os menores de danos físicos, angústias psicológicas e sociais.
Segundo a Save the Children, na última década, 2 milhões de crianças foram assassinadas em conflitos armados, 6 milhões ficaram feridas e outras 20 milhões foram obrigadas a abandonar suas casas.