Por falta de quorum, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas cancelou mais uma vez a reunião administrativa que estava marcada para terça-feira (10). Na reunião, seriam votados requerimentos de convocação de petistas acusados de envolvimento na compra de dossiê contra políticos do PSDB e também requerimento de convocação de ex-ministros da Saúde.
“Já é a terceira vez que a reunião é convocada. Lamentavelmente não há o comparecimento mínimo e vamos tentar novamente na próxima semana”, disse o presidente da CPMI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ).
Dos 16 parlamentares que estiveram presentes na reunião no momento da contagem do quorum, apenas dois – o presidente da CPMI, deputado Antonio Carlos Biscaia (RJ) e o deputado Paulo Rubem Santiago (PE) – são do PT. Santiago negou que houvesse manobra para atrasar os trabalhos da Comissão.
“Posso dizer que é uma manobra da oposição para querer antecipar fatos sobre os quais não há provas apenas com o intuito de aprovar requerimentos e transformar o foco da CPMI na questão da identificação da origem do dinheiro”, disse. “É muito mais importante recebermos os dois inquéritos e os anexos que foram apreendidos na casa do Vedoin do que, simplesmente, aprovar requerimentos de convocação de pessoas e fazer disso um fato político para explorar da forma como cada um entende. Não é esse o mérito dessa CPMI”, acrescentou.
“O problema maior da não ocorrência da reunião é que as convocações, os depoimentos que seriam fundamentais não acontecem. Imagino que isso tudo seja em razão ainda do segundo turno. Há uma priorização da eleição em detrimento dos trabalhos da CPI”, completou o sub-relator de sistematização da CPMI, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).
Os documentos relacionados às investigações sobre a compra do dossiê serão encaminhados à CPMI na próxima semana. O deputado Biscaia disse que irá à Cuiabá buscar as informações que incluem cópia de depoimentos, cópia de quebra de sigilo bancário e telefônico e material que estava na casa do dono da Planam, Luiz Antônio Trevisan Vedoin.
Agência Brasil