Centenas de pessoas vêm se mobilizando para apóiar a demanda que no próximo dia 4 de outubro as organizações pró-imigrantes esperam apresentar à corte federal. Trata-se de uma representação dos filhos norte-americanos cujos pais estão sujeitos à deportação.
Originalmente a ação legal iria começar com dez filhos, no entanto, o massivo apoio de imigrantes que se voltaram para a sede da Fraternidade Nicaragüense em Miami. No fim de semana passado, fez esse número aumentar. Nessa segunda-feira, outros 35 menores haviam se somando a esta demanda.
“Estamos solidários com a situação daqueles pequenos que às lágrimas pedem às autoridades o retorno de seus pais”, disse Nora Sandigo, a diretora executiva da organização Fraternidade Nicaragüense.
Ela se referia aos casos como os das irmãs Linneth, Liza e Nicole, cidadãs americanas que foram separadas de sua mãe, que foi deportada no mês passado para Honduras.
“Elas choram todas as noites e a cada momento me perguntam pela mãe enquanto eu tento de animá-las. Uma mãe é insubstituível”, afirmou Hugo Aldana, um familiar das meninas.
“A dor que estamos passando por esta terrível separação também é sentida por milhares de famílias que como nós estão lutando para se manterem unidas”, completou Aldana.
Nora Sándigo viajará nesta semana para Washington para se reunir com advogados da Fraternidade Nicaragüense e com outras organizações pró-imigrantes que vão respaldar esta demanda. “Nós estamos chamando pessoas do Texas, Califórnia, Carolina do Norte, de Chicago e de muitas partes do país que desejam se unir a esta demanda coletiva”, disse a ativista.
“Acreditamos que mais de nove milhões de imigrantes serão beneficiados com se essa ação ir adiante”, concluiu Nora.