O candidato à reeleição à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT/PCdoB/PRB), afirmou na noite desta terça-feira (17), que as pessoas envolvidas na sua campanha deixaram de tomar certas atitudes na campanha antes por acharem que ganhariam a eleição já no primeiro turno. Ele mesmo, lembrou, resolveu não ir a nenhum debate por achar que a eleição estava ganha.
“Agora, descemos do salto alto. Se tivesse ganhado no primeiro turno, acharia que tinha ganhado sozinho, pois não houve manifestação, não houve debate. Seria uma vitória insossa. Por isto acredito que o segundo turno seja uma obra divina, pois está permitindo que a gente junte as pessoas, como, por exemplo, o Sérgio Cabral (candidato do PMDB ao governo do Rio e que apóia e recebe o apoio do presidente neste segundo turno).”
Lula também disse que, se for eleito para um segundo mandato, não há hipótese de o pais não melhorar, com mais crescimento e melhor distribuição de renda.“Era preciso reconstruir o Brasil. Graças a Deus hoje eu posso dizer para vocês: não existe hipótese de as coisas ( não) serem bem melhores daqui para frente. Não existe hipótese de os juros não continuarem caindo, de a economia (não) continuar crescendo e de não fazermos a distribuição de renda neste país.”
A avaliação de Lula foi feita para uma platéia de artistas, intelectuais e atletas presentes a uma casa de shows na zona sul do Rio O ato contou com as presenças de vários ministros, do presidente da câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, além de atores e cantores como Osmar Prado, Dercy Gonçalves, Marcos Winter, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho e Alcione.
O cantor e compositor Chico Buarque não foi, mas encaminhou mensagem declarando seu voto no presidente, “porque ele sempre foi sensível às necessidades do povo brasileiro”. Também estiveram presentes, o cineasta Luiz Carlos Barreto, governadores eleitos pelo PT no primeiro turno das eleições e a quinta colocada no primeiro turno das eleições presidenciais, Ana Maria Rangel (PRP).
Lula também fez críticas aos adversários peessedebistas, incluindo seu antecessor, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Tucano não gosta de comparação. Não sei se é porque é uma ave bonita, mas predadora, que come filhote, ninho e ovinho dos outros", disse. "Eu não entendo porque o pessoal do PSDB não leva mais o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nos eventos deles. Agora ele tem que falar mal de mim em Portugal, na Argentina ou na Alemanha."
Agência Brasil