Ao todo, foram quase 416 mil apreensões de imigrantes na fronteira entre os Estados e o México nos primeiros 11 meses de 2018, sendo 33% de familiares - a maior parcela nos últimos sete anos.
O números foram compilados e analisados pelo Pew Research Center sobre os dados disponíveis mais recentes da U.S. Customs and Border Protection (Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA).
Do total de apreensões, o número de familiares detidos gira em torno de 136.000 presos entre janeiro e novembro do ano passado - mais de três vezes mais do que no mesmo período de 2017, e o maior número durante o período de janeiro a novembro, pelo menos desde 2012, cita a pesquisa.
Nos últimos meses, o aumento no número de familiares presos na fronteira foi gradativo e atingiu o pico em novembro. Em setembro foram 17 mil detenções; em outubro, mais de 23 mil; e novembro contabilizou mais de 25 mil, de acordo com dados comparados com os de 2012.
Um terço de todas as apreensões
O que chama a atenção é que os membros familiares representaram um terço (33%) de todas as apreensões fronteiriças de janeiro a novembro- a maior parcela nos últimos sete anos. As apreensões de familiares em novembro representaram quase metade (49%) do total de apreensões na fronteira sudoeste naquele mês, a terceira alta consecutiva desde setembro (40%). Adultos viajando sozinhos ou com outros adultos continuam a representar a maior parcela de apreensões fronteiriças: entre janeiro e novembro do ano passado, houve mais de 231.000 outras apreensões individuais, ou cerca de 56% do total.
O aumento de detenções foi impulsionado, em parte, pelo crescimento dramático nas apreensões de membros da mesma família no outono do ano passado depois da política de “Tolerância Zero” decretada por Trump e quando milhares de migrantes de países da América Central, principalmente da região do Triângulo Norte - Honduras, El Salvador e Guatemala-, vieram em caravana fugindo da violência em seus países.

