O candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB-PFL) esteve nessa terça-feira pela terceira vez em Minas Gerais desde o início do segundo turno das eleições. Na capital mineira, ele reuniu-se com o governador do estado, Aécio Neves (PSDB), o senador Eduardo Azeredo (PSDB), o senador recém-eleito Eliseu Resende (PFL) e o ex-presidente Itamar Franco (PMDB), além de prefeitos, deputados e vereadores.
Após o encontro, o ex-governador de São Paulo deu entrevista coletiva acompanhado por Aécio Neves e disse que a obsessão do seu governo será o crescimento econômico e o emprego. “O governo tem um papel importante. Quem gera emprego não é o governo, o governo faz de forma complementar. Quem gera emprego é a indústria, agricultura, serviços, turismo, comércio”, afirmou o candidato tucano.
“Você tem que tornar o país um ambiente estimulador do investimento produtivo. Juros mais baixo, para isso ter melhor qualidade do gasto público, política fiscal melhor, cortar gastos, o que o Aécio fez em Minas.”
Na entrevista, Alckmin ainda fez diversas críticas ao atual governo federal. Segundo ele, “há silenciosamente o sentimento da população de que as coisas não vão bem”. “O Brasil vai devagar na economia e acelerado nos escândalos”, disse o ex-governador de São Paulo.
"Só na novelinha do candidato do PT que tudo é uma maravilha. (...) Eu acredito que o segundo mandato, que se Deus quiser não vai acontecer, o cenário será mais difícil. O governo do Lula perdeu a oportunidade do Brasil crescer forte. É hora de time novo para o Brasil andar melhor."
Ao lado de Alckmin, o governador de Minas Gerais criticou o candidato a reeleição Luiz Inácio Lula da Silva (PT/PRB/PCdoB) por adotar uma postura de “arrogância e salto alto”. Perguntado por jornalistas, Aécio Neves negou que tenha iniciado qualquer negociação com Lula sobre investimentos em 2007.
“Vamos esperar serenamente o resultado, mas ainda com muita esperança de que o Brasil vai iniciar no ano que vem um novo ciclo de governo austero, no que diz respeito aos recursos públicos, transparente na sua relação com a sociedade e eficiente na gestão dos serviços públicos", disse o governador mineiro, que pertence ao mesmo partido de Alckmin.
Em Minas, no primeiro turno, Lula obteve 50,8% dos votos, e Alckmin, 40,6%.
Agência Brasil