O Palácio Gustavo Capanema, no centro do Rio de Janeiro, construído entre 1937 e 1945 para ser a sede do Ministério da Educação e Saúde Pública, será reinaugurado no próximo dia 20 de maio.
O prédio instalado em uma área de 27.536 m² será entregue após um período de obras de restauro da estrutura e preservação do valor histórico, que começaram em fevereiro de 2019.
Após a reforma, o local voltará a abrigar unidades de órgãos do Ministério da Cultura (MinC), como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Biblioteca Nacional do Brasil, Casa de Rui Barbosa e a Funarte, o único que terá a sua sede no local.
Com a renovação, a proposta do MinC é abrir o Capanema à população, que poderá visitar áreas com as atividades administrativas do Ministério e suas instituições vinculadas.“Não é só memória, mas está direcionado também com o futuro, principalmente, para as novas gerações entenderem a construção, o que significa o modernismo, todos os artistas envolvidos nessa coisa maravilhosa que é o Palácio Capanema. Tem a ver com nossa alma e o futuro do Brasil”, disse a ministra da Cultura, Margareth Menezes, em visita guiada ao prédio nesta terça-feira.
Margareth Menezes acrescentou que essa é uma decisão política do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de valorizar a área cultural do país.
“A entrega do Capanema pontua a volta do Ministério da Cultura, os 40 anos do Ministério da Cultura e a abertura desse lugar maravilhoso à sociedade brasileira e internacional”, apontou.
Investimento
Por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC),
as obras de conservação e modernização interna somaram um investimento total do governo federal no valor de R$ 84,3 milhõese incluíram a recuperação do mobiliário e dos jardins, conduzida pelo Iphan. As instalações elétricas, sanitárias, hidráulicas e de combate a incêndio, além do sistema de vigilância foram refeitas. Nos espaços internos houve recuperação de pisos, móveis, luminárias e persianas.
O projeto de construção do que é considerado um dos maiores símbolos da arquitetura moderna no mundo, foi liderado pelo arquiteto e urbanista Lúcio Costa, que convidou outros profissionais da sua área como Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Moreira, Ernani Vasconcelos e ainda contou com consultoria do arquiteto, urbanista, escultor e pintor suíço naturalizado francês, Le Corbusier.