A nossa infância é cheia de personagens. Algumas delas já fazem parte dela como se estivéssemos nascidos com elas, abraçadinhos. Nem lembramos como, quando e o por quê delas estarem em nossas vidas, apenas sabemos que elas estão lá, presentes de alguma forma desde quando nos entendemos por gente. Uma dessas personagens é o Winnie-the-Pooh (Ursinho Pooh, nome dele no Brasil).
Um dos desenhos mais apaixonantes, Winnie-the-Pooh, dublado por Jim Cummings desde 1988, e criado por Alan Alexander Milne, tem feito parte do imaginário infantil desde 1921. O ursinho favorito do Bosque dos 100 Acres volta para nos encantar no novo filme live-action dos estúdios Disney, Christopher Robin.
O longa, que também estreia no dia 3 de agosto, acompanha Christopher Robin que já não é mais aquele jovem garoto que adorava embarcar em aventuras ao lado do Winnie-the-Pooh (Ursinho Pooh, no Brasil) e outros igualmente adoráveis animais – Tigger (Tigrão, no Brasil), Eeyore (Bisonho, no Brasil), Piglet (Leitão, no Brasil), entre outros – no Bosque dos 100 Acres. Agora um homem de negócios, ele cresceu e perdeu o rumo de sua vida, mas seus amigos de infância decidem embarcar no mundo real para ajudá-lo a se lembrar que aquele amável e divertido menino ainda existe em algum lugar.
Na última sexta-feira, dia 27 de julho, eu tive a oportunidade de estar no dia de imprensa do filme, em um hotel em Beverly Hills, e pude conversar não só com os atores Ewan McGregor e Hayley Atwell, com o diretor Marc Forster, como também com Jim Cummings, que empresta a voz para Pooh e Tigger. Ele contou sobre como foi fazer esse filme, por que Pooh e seus amigos ainda são relevantes hoje em dia, e muito mais. Vamos conferir trechos da entrevista exclusiva.
Jana - São 30 anos fazendo a voz do ursinho Pooh. Eu cresci escutando você e agora que te escuta é o meu filho. Como você se sente estar sendo apresentado a uma nova geração?
Jim Cummings – É ótimo! Eu convido todos para ir ao Bosque dos 100 Acres, um ótimo lugar para se viver (imitando a voz do Ursinho Pooh). Eu acho que sou muito abençoado. O formato é totalmente novo, um jeito novo de ver as personagens e interagir com eles. Christopher está na fase adulta, com problemas de adulto e Pooh nunca desiste dele. No final do filme é o mundo fica seguro de novo.
Jana - Você gravou as duas personagens juntas? Como foi esse processo?
Jim – Foi bem interessante. Nós gravamos o filme inteiro, ou seja, a minha parte – Pooh e Tigger -, antes. Ai, eles levaram essa gravação para o set de filmagens, para que os Ewan, Hayley e todos pudessem atuar ali mesmo e interagir com a personagem. Foi bem bacana porque atuar é reagir.Jana - Desde 1988, você empresta sua voz ao Pooh. O Tigger também foi desde o início?
Jim – No início, somente o Pooh. Aconteceu depois que as vozes originais feitas por Paul Winchell e Sterling Holloway se aposentaram. Tigger veio depois de alguns anos. Foi quando Paul Winchell teve um derrame e não poderia continuar fazendo a personagem. Foi aí que ele me pediu para cuidar do ´amiguinho ´ e, é isso que estou fazendo a algum tempo.Jana – Tem alguma diferença entre o Pooh e Tigger nesse live-action de quando você faz a animação?
Jim – Sim! Tivemos que segurar um pouco a animação, pois estou acostumado a ser mais barulhento, maior. Não é o caso do Tigger necessariamente. Ele ainda é bem animado. Mas, o Pooh está mais centrado, mais zen, um pouco relaxado.Jana - Quando você leu o roteiro pela primeira vez, você teve vontade de mudar algo?
Jim – Sim, eu queria reescrever tudo... (risos). Não! Brincadeira. Achei ótimo. Achei a ideia super bacana de Christopher Robin ser adulto, de ter crescido. A linha do tempo foi entre os anos 20 e 40, ele cresceu, se casou, foi pra guerra... ou seja, está tendo dificuldades de gente grande. Achei realmente genial! Ele perde toda aquela memória da infância e quando Pooh aparece e como se tudo voltasse imediatamente.
Jana – Por que você acha que Pooh e seus amigos e o Bosque dos 100 Acres ainda são importantes nos dias atuais?
Jim – Acho que traz todo mundo de volta ao mundo da infância. Você pode talvez ter oito ou 80 anos e quando alguém fala Winnie-the-Pooh; enfim, todo mundo lembra da sua infância. Essas personagens tem algo mágico ai que remete a um tempo feliz e cheio de amor.O filme
Estreia na próxima sexta-feira, dia 3 de agosto, o novo live-action dos estúdios Disney,Christopher Robin
. No papel de Christopher Robin, o talentoso ator inglês Ewan McGregor. Hayley Atwell e Bronte Carmichael também estão no elenco. Já no elenco de vozes: Jim Cummings, que repete o seu trabalho do desenho animado, emprestando sua voz para Pooh e Tigger (Tigrão, nome da personagem no Brasil); Brad Garrett empresta a sua voz a Eeyore (Bisonho, no Brasil); Nick Mohammed faz o porquinho Piglet (Leitão, no Brasil), enquanto Toby Jones e Sophie Okoneda fazem Owl (Corujão, no Brasil) e Kanga (Can, no Brasil), respectivamente; Peter Capaldi empresta ao Rabbit (Abel, no Brasil), entre outros. As personagens foram criadas por Alan Alexander Milne e estão no imaginário infatil desde 1921. A direção ficou a cargo de Marc Forster e o roteiro foi escrito por Alex Ross Perry, Tom McCarthy e Allison Schroeder. Definitivamente uma boa opção para o final de semana!
