Um erro "claro" cometido pela equipe do hospital que atendeu Thomas Duncan, que morreu devido ao ebola no Texas, pode ter resultado na transmissão do ebola. A informação foi dada pelo Thomas Frieden, diretor do Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), ligado ao Departamento de Saúde dos EUA.
O CDC confirmou que um exame em uma das profissionais de saúde que atendeu Duncan teve resultado positivo. A mulher infectada, identificada como Nina Pham, de 26 anos, não conseguiu identificar qual foi a violação específica dos procedimentos que podem ter levado à sua contaminação.
Frieden prometeu a realização de um inquérito para descobrir como ocorreu a transmissão da doença. Segundo ele, a investigação vai se concentrar em possíveis violações durante dois "procedimentos de alto risco" com o paciente infectado, a diálise e a colocação de um tubo para facilitar a respiração de Duncan.
Daniel Varga, do setor de Recursos de Saúde do Estado do Texas, informou que a enfermeira usou luvas, avental, máscara e proteção enquanto tratava do paciente durante a segunda e última internação.
Frieden, por sua vez, afirmou que a educação e treinamento dos profissionais de saúde vão aumentar e os mais medidas são colocadas em prática para reduzir o número de funcionários que tratam os casos de ebola.
Thomas Frieden acrescentou que outras 48 pessoas que podem ter tido contato com Duncan também estão em observação.
A funcionária que testou positivo para a doença está em isolamento e sua condição é estável. Ela passará por mais exames.
"Nós sabíamos que um segundo caso poderia ser uma realidade, e estávamos nos preparando para essa possibilidade", disse David Lakey, comissário do Departamento de Serviços de Saúde do Estado do Texas.
A atual epidemia de ebola, concentrada na Libéria, Guiné e Serra Leoa, já teve mais de 8.300 casos confirmados ou suspeitos e pelo menos 4.033 mortes.
Com informações da “BBC”.