Os escândalos sexuais e de corrupção tornaram-se corriqueiros no Congresso norte-americano faltando apenas três semanas das eleições.
Ocasião onde o Partido Republicano, do presidente George W. Bush, pode perder a sua maioria.
O pleito realizado no dia de 7 de novembro vai renovar toda a Câmara de Representantes e um terço do Senado. Além disso, também serão escolhidos os novos governadores em 36 dos 50 Estados do país.
O democrata Dale Kildee disse que uma comissão que avalia o programa de estagiários analisa atualmente denúncias contra outro legislador.
Kildee conversou com os repórteres após uma reunião a portas fechadas do Comitê de Ética que analisa o caso do legislador republicano Mark Foley.
Foley, que é homossexual, renunciou no mês passado após ser acusado pelo envio mensagens eletrônicas com conteúdo sexual a vários estagiários adolescentes.
"São apenas denúncias, e não são contra Foley", explicou Kildee, sem identificar o político que está sendo acusado.
Na última semana, a rede de televisão "NBC News" informou que as autoridades federais realizavam uma investigação "preliminar" sobre uma viagem do republicano Jim Kolbe com dois estagiários e outras pessoas, há mais de dez anos.
Um porta-voz do parlamentar do Arizona disse que tal viagem realmente existiu, no entanto, negou as acusações de "comportamento impróprio".
"A viagem foi em 1996 e participaram dela cinco membros do gabinete, dois ex-estagiários e a irmã de Kolbe. As denúncias não têm nenhum fundamento e nada de verdade", diz a nota.
Enquanto isso, o também republicano Curt Weldon nega que sua filha, Karen Weldon, tenha realizado acordos lucrativos aproveitando sua influência no Congresso. "Ela não precisa da minha ajuda e nunca precisou", disse Weldon em entrevista coletiva, horas depois de agentes federais revistarem a casa de sua filha.
O Departamento de Justiça disse que está estudando "a relação entre o legislador Weldon com sua filha e várias empreiteiras".
Além de prometer entregar todos os daods que for solicitada, Weldon acrescentou que confia que a investigação vai concluir pela sua inocência, como aconteceu em 2004 com o Comitê de Ética.
Por outro lado o congressita se defende dizendo que as acusações tentam prejudicar sua reeleição como legislador do estado da Pensilvânia. Ele criticou a "política de destruição pessoal".