Os Estados Unidos enfrentaram há dois anos a ameaça de uma doença transmitida por um mosquito, semelhante ao que acontece com a dengue no Brasil. A ação por aqui, entretanto, foi muito mais eficiente e rápida.
A atual ameaça de epidemia nos EUA é a febre do Nilo Ocidental. O vírus é transmitido também por um mosquito, o culex, e os sintomas são parecidos com os da gripe.
Em 2006, 4.000 pessoas foram infectadas, em 43 dos 50 estados americanos. Pelo menos 177 pessoas morreram.
Os governos locais têm autonomia para decidir o que fazer em situação de emergência. Todos usam muito inseticida para matar o mosquito. Seguem a orientação do Centro de Prevenção e Controle de Doenças Infecciosas. O centro faz pesquisas, monta estratégias de combate a doenças e manda reforços para qualquer situação de emergência no país.
A ordem é agir rápido, antes que a doença se espalhe. Neste mês, surgiram seis casos de hepatite C no estado de Nevada. Em menos de 24 horas o centro mandou uma equipe de médicos para ajudar a evitar novos casos.
Para o diretor da Organização Pan-Americana de Saúde e ex-diretor da Fundação Nacional de Saúde do Brasil, Jarbas Barbosa, o ponto forte dos EUA é a prevenção. "Há uma cultura maior de preparação. Isso é perceptível, talvez influenciado pelos acontecimentos recentes nesse pais", disse.
