As audiências em torno da reforma das leis migratórias movimentaram grandes multidões no dia da Independência, no entanto frente a lentidão do processo parece que o interesse desapareceu.
A maioria dos norte-americanos vem prestando pouca atenção às duas dezenas de audiências realizadas pela Câmara de Representantes em todo o país durante os últimos dois meses. Muitas famílias estão de férias e as notícias têm sido dominadas pela guerra no Oriente Médio, o plano terrorista frustrado em Londres e a prisão do suposto assassino da rainha da beleza infantil, Jon Benet Ramsey.
“As pessoas não prestam atenção... Não me surpreende que já não há interesse”, disse Gary Jacomson, especialistas em política do Congresso Nacional da Universidade da Califórnia, em San Diego.
Alguns democratas e os grupos de ativistas pró-imigrantes vêm colocando em dúvida a necessidade de realizar tais audiências porque, geralmente, são feitas antes de que se aprovem as leis e não depois de aprovadas.
Os críticos qualificam o processo como uma mera estratégia devido às eleições legislativas de novembro, servindo para atrasar as negociações em torno das propostas de lei migratória aprovadas pelo Senado e pela Câmara de Representantes.
Muitos legisladores demonstram um interesse cada vez menor nos encontros, preferindo realizar campanhas agosto ou sair de férias, disse Jacobson.
Falta de quórum
Em uma audiência em San Diego foram apenas dois legisladores, apesar de ser uma cidade fronteiriça destacada como de grande importância para as políticas migratória. Em outros encontros realizados em em Dalto, Gerogia, compareceram apenas três deputados.