Os Estados Unidos precisarão de imigrantes durante os próximos 25 anos, já que o crescimento de sua força trabalhista depende da mão-de-obra estrangeira, afirmou um relatório publicado pelo centro de estudos Instituto de Política Migratória (MPI) em meio a um intenso debate sobre a reforma imigratória.
O relatório intitulado “Os imigrantes e a tendência da força trabalhista: passado presente e futuro”, sustenta que se a imigração se mantiver nos níveis atuais, os estrangeiros e seus filhos cumprirão um papel fundamental no crescimento da economia entre 2010 e 2030, sejam mão de obra especializada ou não qualificada.
O MPI também divulgou outros dois relatórios, sendo que um deles se chama “O impacto da imigração nos trabalhadores nativos: uma nova visão sobre a evidência”, afirmando que “mais além da retórica do debate atual” sobre a reforma, os estudos indicam que a mão-de-obra estrangeira não tem uma interferência importante na taxa de emprego da população nativa.
Um outro relatório, denominado “As contribuições dos imigrantes qualificados”, destaca que enquanto a taxa de imigrantes chega a 1 para cada 8 pessoas nos Estados Unidos, no caso dos doutores este número muda para 1 de cada cinco. Quando falamos sobre os especialistas em computação e nos cientistas e engenheiros a relação é de 1 a cada seis.
Em outro relatório, denominado “As contribuições dos imigrantes qualificados”, destaca que no caso dos doutores, para cada cinco cidadãos doutores um é imigrante. O mesmo que os especialistas em computação. No caso dos cientistas e engenheiros o número muda para um imigrante a cada seis doutores.
Os estudos foram publicados num momento em que a sociedade norte-americana mantém um intenso debate sobre o que fazer com os doze milhões de imigrantes que não têm documentos.
Enquanto que o Congresso, de recesso por causa do verão no hemisfério norte, a ala dura do Partido Republicano, bloqueou um projeto aprovado pelo Senado que regulariza a maioria destas pessoas. A Casa Branca manifesta seu apoio à visão do Senado, porém aumentando a punição contra os imigrantes ilegais.
O debate também está presente entre a população. Na terça-feira (15) um grupo de motociclistas que realiza uma campanha contra a imigração ilegal visitou o estado de Rohde Island (nordeste) como parte de uma viagem por 48 congressos estatais de todo o país, e encontraram com um grupo de manifestantes que os acusou de racistas.
“Este foi o décimo estado em que encontramos oposição”, disse Howard Wooldridge, dirigente do grupo de motociclistas e detetive policial aposentado, que encerrará sua viagem no final de semana em Washington.