Após a morte do embaixador americano, Christopher Stevens, Na Líbia, no dia 11, após ataque feito por homens amardos, os Estados Unidos reforçaram a segurança em sua embaixada em Brasília e os consulados americanos em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife também reforçaram a segurança.
Segundo a assessoria de imprensa da embaixada norte-americana em Brasília, o governo dos Estados Unidos em Washington encaminhou, no dia 12, um comunicado a todas as embaixadas e consulados pelo mundo solicitando o reforço.
A embaixada no Brasil, bem como os três consulados, acataram a orientação no mesmo dia. De acordo com a assessoria de imprensa, o plano de segurança não pode ser divulgado.
Embaixador morto
O embaixador dos Estados Unidos na Líbia, J. Christopher Stevens, e três funcionários também americanos morreram no ataque ao consulado do país em Benghazi, na Líbia, no dia 11. Ele havia sido designado para este posto havia menos de seis meses. Os demais funcionários foram retirados do local.Manifestantes armados atacaram o consulado e lançaram foguetes contra o edifício, informaram fontes líbias. Eles protestavam contra um filme considerado ofensivo para o islã.
Segundo o porta-voz da Alta Comissão de Segurança do Ministério do Interior, Abdelmonoem al-Horr, as forças de segurança tentaram controlar a situação quando foguetes RPG foram disparados a partir de uma propriedade próxima.
"Dezenas de manifestantes atacaram o consulado e incendiaram o prédio", disse Omar, um morador de Benghazi, que escutou tiros em torno do edifício. Outra testemunha confirmou os disparos em torno do consulado.
O embaixador dos Estados Unidos teria morrido em seu carro, quando tentava deixar o local.
Mais protestos
Sob gritos de slogans islâmicos, centenas de pessoas atacaram a embaixada americana no Iêmen .Forças de segurança abriram fogo e cinco manifestantes foram mortos, mas outros conseguiram pular o muro da embaixada e arrancar a bandeira americana, durante confrontos com manifestantes que protestavam contra o considerado filme considerado blasfemo para o Islã em frente ao complexo da Embaixada dos EUA, na capital, Sanaa.
No Egito, 224 se feriram em choques com a polícia no terceiro dia de protestos contra a embaixada dos EUA. O presidente egípcio, o islamita Mohamed Morsi, criticou as ofensas ao profeta, mas pediu o fim da violência.
Filme polêmico
"Innocence of Muslims" ("A inocência dos muçulmanos"), foi dirigido e produzido por Sam Bacile, um corretor imobiliário israelense-americano de 54 anos, nativo do sul da Califórnia, que afirma que o Islã é "uma religião do ódio". O trailer está disponível no YouTube.Bacile, que está escondido, disse que a produção foi financiada com $5 milhões de dólares levantados a partir de doações de judeus, os quais ele não quis identificar. "O filme é político. Não religioso", disse.
Clipes do filme mostram uma produção desconexa, retratando o profeta muçulmano Maomé como um mulherengo, um homossexual, um molestador de crianças, um tolo, um falso religioso e sanguinário. Para muitos muçulmanos, qualquer representação do profeta é uma blasfêmia.
"Ataque ultrajante"
O presidente dos EUA, Barack Obama, condenou fortemente a morte do embaixador do país na Líbia e de três funcionários americanos, no que chamou de "ataque ultrajante".Ele ordenou um reforço na segurança de postos diplomáticos americanos ao redor do mundo. "Eu orientei minha administração a prover todos os recursos necessários para assegurar a segurança do nosso pessoal na Líbia, e para aumentar a segurança em nossos postos diplomáticos ao redor do mundo", disse Obama em comunicado.
A Marinha dos Estados Unidos enviou dois destróieres à costa líbia, após a morte de quatro funcionários no ataque ao consulado dos EUA em Benghazi. "Dois destróieres estão seguindo para as proximidades da Líbia, mas apenas por medida de precaução", informou o porta-voz do Pentágono, George Little.
Líbia pede desculpas
O governo da Líbia pediu desculpas aos Estados Unidos pelas mortes. "Apresentamos nossas desculpas aos Estados Unidos, ao povo americano e ao mundo inteiro pelo que aconteceu", afirmou em Trípoli Mohamed al-Megaryef, presidente do Congresso Geral Nacional (CGN), principal autoridade política da Líbia. "Estamos ao lado do governo americano em relação aos assassinos", disse Megaryef, que classificou o ataque de "covarde".A Líbia enfrenta instabilidade política desde a revolta popular que, no ano passado, com apoio ocidental, derrubou e matou o ditador Muammar Kadhafi. A cidade de Benghazi foi o foco da rebelião anti-Kadhafi. As informações são do “G1”.

