Por quase seis anos a economia norte-americana tem gerado uma quantidade grande de empregos - são quase 2 milhões por ano, mas mesmo assim o país tem ainda muitos cidadãos que vivem na pobreza, segundo pesquisa do Instituto Brookings.
A pesquisa revelou que em 2016, quase 41 milhões de pessoas, ou 13% da população, viviam na pobreza - em comparação com os 15% verificados no auge da recessão, em 2010.
Entre os que vivem na pobreza, em 2016 havia cerca de 13,3 milhões de crianças - 18% têm menos de 18 anos.
Desde a crise mundial em 2007, milhares de postos de trabalhos foram fechados nos EUA, mas o país veio se recuperando e já restabeleceu o número total de postos de trabalho perdidos durante a recessão. Foram criados empregos suficientes para dar conta do crescimento populacional e hoje a taxa de desemprego é a menor desde o ano 2000 - 4,1%, mas ainda assim várias famílias não viram seus recursos aumentarem.
De acordo com a medição oficial dos EUA, no país, a renda média de uma família de quatro pessoas é de US$ 91 mil (R$ 299,5 mil) por ano, isso baseado em renda e necessidades nutricionais. Uma casa com quatro pessoas é considerada em estado de pobreza quando a renda familiar é inferior a US$ 24,3 mil (cerca de R$ 80 mil) por ano.
A pesquisa apontou também que, com o envelhecimento da população, o número de pessoas pobres com mais de 65 anos aumentou para 4,6 milhões - 9% do total.
Já entre os jovens com idade considerada produtiva para trabalho (de 18 a 64 anos) os dados são dramáticos: quase 23 milhões deles, ou 12% do total, vivem na pobreza e somente 4 em cada 10 estavam empregados.
O custo de vida mais alto contribui para aumentar o abismo entre os pobres e a classe média, com consequências maiores para as famílias americanas de baixa renda. Nos últimos anos, o aumento do emprego e das rendas mudou o cenário e melhorou a situação no país mais rico do mundo, mas a economia precisa manter o ritmo de crescimento para ajudar aqueles que vivem em dificuldade. Com informações da BBC News.