Os Estados Unidos retiraram na quarta-feira, 29, seus cidadãos da cidade chinesa de Wuhan, epicentro do surto do novo coronavírus, quando o número de mortos subiu acentuadamente para 132 e o primeiro caso apareceu no Oriente Médio.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou estar confiante na capacidade da China de conter o coronavírus, mas as preocupações têm aumentado, com as autoridades de saúde informando que o número de casos confirmados saltou de 1.459 para 5.974.
Ruas desertas
As ruas estavam desertas em muitas cidades importantes da Ásia. O número de mortos pelo vírus semelhante ao da gripe aumentou em 26, para 132, quase todos na província de Hubei, cuja capital é Wuhan, onde o vírus surgiu no mês passado em um mercado de animais selvagens. A província central de cerca de 60 milhões de pessoas está sob isolamento.
O vírus se espalhou para 17 outros países. Os EUA confirmaram cinco casos: dois na Califórnia, um no Arizona, um em Washington e um em Illinois. Todos os pacientes haviam visitado Wuhan recentemente. O CDC disse que o risco para o público americano ainda é baixo.
Restrição de viagens
Também cresce a preocupação com o impacto do vírus na segunda maior economia do mundo. Companhias aéreas estão suspendendo voos para a China —a British Airways foi a mais recente a anunciar a medida— e empresas globais estão restringindo as viagens de funcionários para lá.
Ações em baixa
As ações de Hong Kong sofreram queda no primeiro dia de negociação após o intervalo do Ano Novo Lunar. Os mercados regionais, no entanto, interromperam a queda, com ações no Japão, Austrália, Coreia e Índia ficando estáveis ou mais sólidas e moedas em sua maioria estáveis.
Os mercados chineses retomam as negociações em 3 de fevereiro. No que pode ser um grande passo para conter a doença, cientistas da Austrália disseram que desenvolveram uma versão em laboratório do coronavírus, a primeira a ser recriada fora da China.
Alemanha, Itália e Japão também estão retirando seus cidadãos de Wuhan. Fonte: Reuters.