Assim como não saber ler e escrever determinava o futuro profissional de uma pessoa no século 20, hoje, não dominar mais do que seu idioma nativo é uma barreira de entrada no mercado de trabalho, diz Gregg Roberts, que comanda um programa de imersão em idiomas em Utah.
Em 2013, o especialista disse uma frase que o transformou em uma celebridade global em sua área de atuação: “O monolinguismo é o analfabetismo do século 21”. “Por razões econômicas, um segundo idioma tornou-se mais necessário, como uma ferramenta de trabalho”, argumenta o especialista.
Imersão em outro idioma
O programa liderado por Roberts começou como um desafio influenciado pela comunidade hispânica dos Estados Unidos: integrar o espanhol às aulas nos distritos de Davis e Granite.Não como um segundo idioma, mas como parte de um plano que previa lecionar as disciplinas curriculares 50% do tempo em inglês e os outros 50% em espanhol. O projeto foi um sucesso e, logo, ampliado. Em cinco anos, já atingia 25 mil estudantes só em Utah como de outros estados, como Delaware e Indiana. Hoje, contempla cinco idiomas: espanhol, francês, chinês, português e alemão. Árabe e russo são os próximos da lista.
O inglês é o terceiro idioma com a maior quantidade de falantes nativos do planeta. São 335 milhões ao todo. Mas, ao incluir nesta conta quem o tem como segunda língua, o número sobe para 800 milhões, fazendo dele o segundo mais usado no mundo, depois do mandarim.
“O inglês é o idioma do século 20. Mas, conforme a direção para a qual o mundo se encaminha, logo não será mais o idioma dominante”, disse Roberts. Fonte: BBC.

