Muhammad Ali Jr., filho do lendário boxeador, nasceu na Filadélfia há 44 anos. Seu passaporte é americano e ele viajava com a mãe, Khalilah Camacho-Ali, segunda esposa do falecido mito do esporte. Apesar do contexto, ele foi retido durante duas horas no Aeroporto Internacional de Fort Lauderdale no último dia 7 de fevereiro, mas apenas neste sábado, 25, a história foi divulgada.
De acordo com o amigo e advogado de Ali Jr., Chris Mancini, o filho do lendário boxeador foi interrogado após seu retorno da Jamaica. Mancini disse que mãe e filho foram retidos e interrogados por causa de seus nomes árabes. Camacho-Ali foi liberada depois de mostrar aos agentes da Alfândega fotos em que aparecia ao lado do ex-marido, que foi três vezes campeão mundial dos pesos pesados.
Entretanto, Ali Jr. não tinha nenhuma foto e, de acordo com o advogado, ele foi questionado diversas vezes sobre: "De onde vem seu nome?" e "Você é muçulmano?". Ao responder positivamente sobre sua religião, os agentes teriam feito mais perguntas.
"Para a família Ali está muito claro que isto está diretamente relacionado com os esforços do presidente Trump de excluir os muçulmanos dos Estados Unidos", disse Mancini, em referência ao decreto assinado em janeiro pelo presidente que proibia durante três meses a entrada no país de cidadãos de sete países de maioria muçulmana.
Ícone do esporte, o boxeador morreu no dia 3 de junho de 2016 aos 74 anos, após uma longa batalha contra o mal de Parkinson. Registrado com o nome de Cassius Clay, o boxeador se converteu ao islamismo em 1964 e mudou o nome para Muhammad Ali.
Com informações do New York Post.
