"Eu gostaria que alguém te matasse": por causa dessas palavras, um garoto de 5 anos da Choices in Learning Elementary School em Winter Springs, no condado de Seminole, foi parar no banco de dados da polícia escolar até os 30 anos de idade.
Segundo a polícia, que interrogou o garoto, ele disse a frase diretamente a um dos colegas durante uma discussão. Ele ficou assustado e contou à professora, que chamou a direção.
Tudo começou durante uma aula de Educação Física, quando os dois alunos do jardim de infância conversavam, mas de repente, o amigo perguntou para ele quantos amigos ele tinha e eles começaram a discutir. A discussão terminou com a frase de ameaça, segundo o relatório.
A Equipe de Avaliação de Ameaças da escola charter do Condado de Seminole se mobilizou: primeiro, um professor e um administrador conversaram com o garoto sobre o que aconteceu; então, o oficial de recursos da escola e o diretor o questionaram - sem os pais.
O relatório dizia que o menino "teve a oportunidade de compartilhar o que aconteceu" com um professor e administrador e ele lhes disse as "palavras exatas sem aviso prévio".
"Quando perguntado por que ele disse isso, ele disse que não tinha certeza do porquê", disse o relatório. Ele foi novamente questionado pelo mesmo administrador, desta vez com o policial de Winter Springs designado para o campus e o diretor da escola. O menino repetiu a mesma história.
Tanto os profissionais da escola como o policial escolar designado conversaram e orientaram o garoto sobre tal atitude e no final, o menino entendeu o contexto do perigo. "Em nossa discussão com [o garoto], ele compartilhou que na verdade não quer que o outro aluno seja ferido ou morto", sustenta o relatório.
Nome no banco de dados de ameaças
Embora a equipe escolar do condado tenha concordado que o aluno não havia feito "uma ameaça credível", eles inseriram o nome e os detalhes do incidente no Banco de Dados de Avaliação de Ameaças do condado - que reterá essas informações pelos próximos 25 anos.
Interrogado sem a presença dos pais
Os pais do garoto, Mo e Sean Murnane, ficaram contrariados pelo filho ter sido interrogado por um policial escolar sem a presença deles. Eles estão preocupados com a forma como o ingresso no banco de dados seguirá o filho durante toda a vida escolar, bem como como o trauma da entrevista policial em uma idade tão jovem o afetará. Com informações do Orlando Sentinel.