A polícia do Rio de Janeiro investiga a participação de funcionários do terminal de cargas do Aeroporto do Galeão, na Ilha do Governador no Rio de Janeiro no roubo de uma carga de celulares avaliada em US$ 1 milhão — cerca de R$ 3,4 milhões.
Toda a ação, que aconteceu por volta das 21h30 de domingo, 15, foi registrada por câmeras de segurança: os assaltantes, que usavam bonés para esconder o rosto, estavam armados e renderam os funcionários. A polícia já sabe que o bando, especializado em roubos de cargas que chegam pelo aeroporto, é do Complexo da Maré e tem, entre seus integrantes, funcionários do terminal.
A transportadora dos celulares, que já sabia da onda de roubo de cargas no Rio de Janeiro, precaveu-se e colocou rastreadores em alguns aparelhos, que indicaram que a carga foi levada para a favela. De acordo com Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Logística do Rio de Janeiro (Sindicarga), os assaltantes rumaram para a Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, na zona norte, localizada próxima do aeroporto.
Em março, os criminosos já haviam tentado roubar duas cargas que saíram do terminal. Na semana passada, conseguiram levar R$ 2 milhões em celulares da Apple. Já no dia 14 de março, o crime foi frustrado pela Polícia Rodoviária Federal, que deteve dois homens que perseguiam um caminhão com celulares na Rodovia Dutra. No celular de um dos presos, os agentes encontraram fotos da placa do caminhão e da nota fiscal do produto enviadas por WhatsApp.
A ação de domingo foi a primeira em que o bando entrou no terminal. Os aparelhos levados nem chegaram às lojas do estado: são do modelo Samsung S9, que custam aproximadamente R$ 3,8 mil cada. Os celulares tinham rastreadores que apontaram o destino exato da quadrilha após o roubo: a favela Nova Holanda, na Maré.
Segundo o diretor de Segurança do Sindicato de Empresas de Transporte Rodoviário e Logística do Rio de Janeiro (Sindicarga), o grupo entrou pelo portão principal do setor, rendeu os funcionários e após o roubo saiu tranquilamente do local. De acordo com o diretor de Segurança do sindicato, em apenas uma semana o prejuízo é superior a R$ 5 milhões com os dois roubos.
O roubo será investigado pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC). A PM alegou que não tinha recursos para ir à favela. A DRFC também está sem blindados — afirmou.
A PM informou que só foi comunicada do roubo na segunda-feira e que, por isso, avaliou que a chamada não era uma emergência. Além disso, destacou que ações noturnas demandam “planejamento prévio”.
Em nota, o consórcio RIOgaleão, que administra o aeroporto, informou que “está à disposição para apoiar as investigações".
Com informações da Agência Brasil e Jornal Extra.