O departamento de Homeland Security (Segurança Interna) planeja lançar um programa de informações compartilhadas, no próximo mês, a fim de proporcionar aos governos locais acesso às informações federais relativas a imigração.
Robert Mocny, diretor do programa norte-americano Visitor and Immigrant Status Indicator Technology, disse que a Homeland Security e o FBI estão trabalhando eletronicamente para combinar seus arquivos envolvendo criminosos e transgressores das leis de imigração.
- Em setembro nós anunciaremos a primeira iniciativa de operação compartilhada, na qual mais e mais estados e governos locais terão mais e mais acesso à informações sobre imigração”, disse Mocny durante um painel de discussões sobre problemas de imigração na reunião anual da Conferência Nacional de Legislaturas de Estado, na semana passada.
“Operação compartilhada” (interoperability), é o termo técnico utlizado pelos oficias para descrever a habilidade de oferecer respostas de emergência, incluindo em casos de incêndio, ou crime, utilizando comunicação interna através de rádios, dentro de uma mesma cidade, ou em várias cidades e regiões.
- “O que pretendemos com esse programa é que com uma única consulta, sejamos capazes de ver a história criminal e imigratória de determinada pessoa”, explicou.
Mocny disse que o compartilhamento de informações pode ser complicado por preocupações relativas à privacidade, e que a interação entre estados e governos locais será administrada pelo departamento de Justiça norte-americano.
O programa US-VISIT coleta informações biométricas tais como impressões digitais e fotografias digitais de estrangeiros que tentam entrar nos EUA. O sistema está presente em 311 portos e aeroportos e consulados norte-americanos no exterior, explicou Mocny.
O programa, segundo ele, auxiliou na prisão de mais de 1.350 criminosos procurados, ou pessoas utilizando falsa identidade para entrar nos EUA.
Segundo ele, entre os presos estão assassinos na Califórnia, traficantes de drogas na Flórida e estrangeiros ilegais que fugiram de penitenciárias federais.
Ele diz que o compartilhamento de informações é “algo que deveria ter sido feito há muito tempo atras”, mas barreiras tecnológicas e administrativas impediram que iniciativas do tipo fossem tomadas antes dos ataques terroristas de 11 de setembro.