O número de imigrantes detidos pelas autoridades dos Estados Unidos na fronteira com o México aumentou 36% em maio, segundo dados divulgados na sexta-feira, 12, pelo departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CPB).
O CBP deteve 23.118 migrantes no mês passado, em comparação com 16.966 em abril.
As prisões nas fronteiras normalmente aumentam no final da primavera, à medida que as demandas sazonais da mão-de-obra nos EUA aumentam, mas os totais do mês passado ainda estavam muito abaixo dos números registrados em maio de 2019, quando 144.116 foram imigrantes detidos no auge da crise na fronteira.
O aumento na fronteira no mês passado ocorreu apesar da aplicação contínua das restrições de emergência do governo Trump, que suspenderam os procedimentos normais de imigração e permitiram a rápida "expulsão" de quase todos os imigrantes que entram ilegalmente nos Estados Unidos.
Essas ordens emergenciais de saúde, às quais o CBP se refere como Título 42, permitiram que a agência devolvesse ao México 19.707 pessoas que atravessaram a fronteira no mês passado, incluindo menores e solicitantes de asilo que não têm mais proteção legal adicional.
O governo Trump argumenta que as medidas de emergência ajudaram a prevenir um surto de coronavírus mais amplo, limitando o número de detidos mantidos em células da fronteira.
"A implementação das políticas do COVID-19 permitiu que o CBP processasse e devolvesse, em menos de duas horas, 96% dos sujeitos ao Título 42, reduzindo o contato humano, o risco de disseminação do COVID e a pressão sobre os serviços de saúde dos EUA", afirmou a agência em comunicado.
Desde a implementação das ordens de emergência, no final de março, quase 43.000 imigrantes foram submetidos a processos de deportação rápida, segundo dados do CBP.
Os adultos solteiros, mexicanos, agora representam a maior parte dos presos sob custódia nos últimos meses, em contraste com o aumento histórico de travessia da fronteira no ano passado, que foi impulsionado por famílias. Segundo o CBP, 82% dos imigrantes detidos eram cidadãos mexicanos, enquanto apenas 13% eram de outros países e da América Central. Leia mais no GazetaNews.com.
