A Flórida aprovou novas leis que impõem penas mais severas para crimes cometidos por imigrantes que estão ilegalmente no país, com punições mais duras em comparação às aplicadas a cidadãos norte-americanos. Uma das mudanças mais significativas é a introdução da pena de morte automática para imigrantes ilegais condenados por assassinato em primeiro grau. Além disso, a legislação eleva as penalidades para crimes menores, como furtos, que agora podem resultar em até cinco anos de prisão e multa de até US$ 5.000 para imigrantes ilegais, em vez de serem tratados como contravenções, como seria para cidadãos regulares.
O governador Ron DeSantis defende que essas leis tornarão a Flórida mais segura e servirão como um modelo para outros estados, argumentando que as punições mais severas são uma forma de dissuadir a imigração ilegal. No entanto, ativistas de direitos civis e especialistas em direito constitucional estão levantando preocupações de que as leis violam a Constituição dos Estados Unidos, que garante proteção igual a todos os indivíduos, independentemente do seu status migratório. Além disso, a imposição de penas de morte automáticas, sem a possibilidade de julgamento de jurados para considerar atenuantes, pode entrar em conflito com precedentes do Supremo Tribunal dos EUA, que já declarou que penas de morte automáticas são inconstitucionais.
Outros estados, como Texas, Alabama, Indiana e Minnesota, estão analisando a adoção de medidas semelhantes para aumentar as penalidades contra imigrantes ilegais. Em alguns casos, como no Texas, as penalidades seriam ampliadas para outros crimes, enquanto em Utah as novas leis focariam em crimes como furtos e tráfico de drogas, aplicando penas obrigatórias de prisão.
Fonte: NBC