O governo dos Estados Unidos contratou a Gol para realizar o transporte de brasileiros deportados, marcando a primeira vez em que uma companhia aérea comercial presta esse tipo de serviço, antes restrito a aviões oficiais. O voo da última quarta-feira (27) trouxe passageiros de Alexandria, centro de deportações na Louisiana, com escala em Punta Cana até chegar a Confins (MG).
A Gol afirmou que o fretamento do Boeing 737 MAX-8 foi destinado a brasileiros que aderiram voluntariamente ao programa de repatriação do US Customs and Border Protection (CBP), recebendo US$ 1 mil para deixar o país sem passar por prisão. No entanto, relatos de passageiros apontam que a maioria já estava detida há meses e que alguns só assinaram a opção de retorno no próprio voo.
Segundo o governo brasileiro, outro avião, este oficial dos EUA, deve trazer deportados em situação de custódia. Questionada sobre a presença de presos no voo fretado, a Gol reiterou que não teve registro de passageiros sob custódia.
O episódio ocorre pouco depois de a Gol encerrar sua recuperação judicial nos EUA, obtendo U$ 1,9 bilhão em financiamentos. A companhia busca expandir sua atuação internacional para 25% do negócio, de modo a reduzir riscos cambiais e de combustível.
Fonte: Folha de S.Paulo

