O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve assinar uma ordem executiva que adiciona uma taxa de US$ 100 mil (cerca de R$ 550 mil) para candidatos ao visto H-1B, voltado a trabalhadores estrangeiros altamente qualificados em setores como tecnologia e engenharia. A medida, segundo a Casa Branca, tem como objetivo combater “abusos” no programa e restringir a entrada de profissionais, a menos que o valor seja pago.
O H-1B é atualmente limitado a 85 mil concessões anuais e já envolve custos elevados, que incluem taxas de registro, prevenção de fraudes e trâmites administrativos, totalizando milhares de dólares por aplicação. Mesmo assim, empresas gastam dezenas de milhares por ano para atrair mão de obra estrangeira. Gigantes como Amazon, Tata, Microsoft, Meta, Apple e Google estão entre as maiores beneficiárias do sistema.
Críticos do programa afirmam que o H-1B reduz oportunidades para trabalhadores americanos, enquanto defensores — como o bilionário Elon Musk — dizem que ele é essencial para manter os EUA competitivos e atrair os melhores talentos globais. Trump, que já chamou o H-1B de um “grande programa”, tem oscilado entre defender ajustes e propor restrições, refletindo divisões dentro de sua base política.
Dados oficiais mostram que os pedidos para o ano fiscal de 2026 caíram para 359 mil — o menor número em quatro anos. A proposta de Trump também prevê uma revisão nos salários mínimos pagos a portadores do visto.
Fonte: BBC

