Quatro pessoas foram formalmente acusadas após protestos contra o Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE) em Chicago, que resultaram em confrontos no fim de semana. Segundo documentos judiciais obtidos pela ABC News, os indiciados responderão por agressão e resistência a agentes federais em frente à unidade do ICE em Broadview.
Paul Ivery, um dos acusados, teria insultado agentes federais, ameaçado um deles de morte e danificado um veículo oficial antes de entrar em luta corporal com um agente do Departamento de Segurança Interna. Outros três — Hubert Mazur, Ray Collins e Jocelyne Robledo — também foram detidos após se envolverem em agressões físicas. Collins e Robledo portavam pistolas semiautomáticas, mas possuíam permissão legal para o porte.
De acordo com o governador de Illinois, J.B. Pritzker, os agentes federais utilizaram gás lacrimogêneo, spray de pimenta, balas de borracha e dispositivos de luz e som contra manifestantes, jornalistas e transeuntes. Ele acusou o governo Donald Trump de tentar desestabilizar Chicago e criar um pretexto para envio de tropas militares à cidade.
Grupos comunitários de Chicago e parlamentares criticaram a atuação do ICE. O deputado Jesus "Chuy" Garcia afirmou que houve “militarização das táticas do ICE” e acusou os agentes de realizar abordagens discriminatórias. O prefeito Brandon Johnson classificou a operação como uma “provocação aberta” da administração Trump, que não contribui para a segurança da cidade.
Fonte: ABC

