O professor de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e visitante de Harvard, Carlos Portugal Gouvêa, foi detido pela polícia de Brookline, em Massachusetts (EUA), após efetuar disparos com uma arma de chumbinho nas proximidades de uma sinagoga. O episódio ocorreu na manhã de quarta-feira (1º), durante o feriado judaico do Yom Kippur.
Após o incidente, Harvard colocou o brasileiro em licença administrativa, enquanto as investigações prosseguem. Em comunicado divulgado nas redes sociais, o Templo Beth Zion afirmou que, segundo a polícia, não há indícios de motivação antissemita.
“Pelo que a polícia nos informou, o indivíduo não sabia que morava ao lado de uma sinagoga e que o dia era um feriado religioso”, escreveram os responsáveis pelo templo, Larry Kraus e Benjamin Maron.
De acordo com as autoridades, Gouvêa afirmou ter usado a espingarda de ar comprimido para caçar ratos em sua residência. Um dos disparos teria atingido e quebrado a janela de um carro estacionado, mas ninguém ficou ferido. Após o primeiro tiro, funcionários do templo colocaram o local em confinamento preventivo, abrigando centenas de fiéis que participavam da celebração.
Na quinta-feira (2), o professor foi formalmente acusado de disparo ilegal de arma de chumbo, conduta desordeira, perturbação da paz e vandalismo de propriedade. O caso segue sob análise das autoridades locais e da universidade.
Fonte: O Globo

