A brasileira Bruna Ferreira, de 33 anos, falou à CNN após ter sido presa por agentes de imigração dos Estados Unidos no início de novembro, perto de Boston. Ex-cunhada da secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, e mãe do sobrinho da porta-voz de Donald Trump, Bruna afirmou que não vê o filho desde que foi detida.
Segundo relato à âncora Erin Burnett, a abordagem começou como uma fiscalização de trânsito, mas chamou sua atenção porque os agentes já sabiam seu nome e endereço. Detida, ela entrou em pânico ao tentar garantir que alguém buscasse o filho na escola.
Bruna ficou 26 dias sob custódia do ICE, passando por centros de detenção em quatro estados até ser levada à Louisiana, a mais de 2.400 km do local da prisão. Durante esse período, disse que não conseguiu falar com o filho e conheceu outras mães em situação semelhante.
Nesta semana, uma juíza de imigração determinou sua libertação mediante fiança de US$ 1.500. O caso seguirá na Justiça migratória de Boston, e Bruna deverá se apresentar regularmente às autoridades do ICE.
O Departamento de Segurança Interna (DHS) afirmou que ela estava ilegalmente no país após o vencimento de um visto de turista em 1999 e a classificou como “criminosa imigrante ilegal”, acusação que Bruna e seu advogado, Todd Pomerleau, negam. A defesa sustenta que ela foi beneficiária do DACA, vive nos EUA desde os 6 anos, não tem antecedentes criminais e tenta regularizar sua situação.
Durante a entrevista, Bruna se dirigiu diretamente a Karoline Leavitt, madrinha de seu filho, questionando como ela se sentiria se estivesse em seu lugar.
Fonte: CNN

