A secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem, anunciou na noite de quinta-feira (18) que o governo do presidente Donald Trump vai suspender o programa de vistos por diversidade, conhecido como diversity visa lottery. Segundo ela, o programa teria sido usado, anos atrás, pelo homem acusado de matar dois estudantes da Universidade Brown e um professor do MIT.
“Esse indivíduo hediondo nunca deveria ter sido autorizado a entrar no nosso país”, escreveu Noem na rede X. “Por determinação do presidente Trump, estou ordenando imediatamente que o USCIS suspenda o programa DV1 para garantir que nenhum outro americano seja prejudicado por esse programa desastroso.”
De acordo com a secretária, o suspeito, Claudio Manuel Neves Valente, entrou nos Estados Unidos em 2017 por meio da loteria de vistos e obteve um green card. O programa, criado nos anos 1990 pelo Congresso, concede cerca de 50 mil vistos por ano a cidadãos de países com baixos índices de imigração para os EUA, por meio de sorteio.
Para participar, os candidatos precisam ter ao menos ensino médio completo ou experiência profissional qualificada, além de passar por entrevistas e checagens de segurança. Ainda assim, críticos — entre eles Trump — afirmam que o sistema não é baseado em mérito e pode representar riscos à segurança nacional.
O programa já havia sido suspenso durante o primeiro mandato de Trump, em 2020, e retomado em 2021 pelo então presidente Joe Biden. Não está claro, porém, qual é a base legal para a nova suspensão anunciada por Noem, já que a iniciativa foi criada pelo Congresso e é administrada majoritariamente pelo Departamento de Estado.
Neves Valente, de 48 anos, era cidadão português e tinha como último endereço conhecido a cidade de Miami. Autoridades afirmaram que ele foi encontrado morto por suicídio em um depósito em New Hampshire, encerrando uma investigação que durou vários dias.
Fonte: CBS

