Média nacional
A média nacional de aluguéis também aumentou e está a $1.371 dólares, ou 2,5%, de acordo com os dados. Manhattan tem a média mais cara no valor de aluguéis, a $4.066 dólares. Orlando estava entre várias cidades pequenas onde os aluguéis estão aumentando, a um passo de 7,8% ao ano, a $1.340 dólares. A pesquisa analisou dados de aluguel em 250 cidades, olhando para prédios com 50 unidades ou mais em cidades com populações de 100 mil pessoas. O estudo mostra que 86% das cidades estudadas viram os alugueis aumentando ano após ano. Em 12% das cidades, alugueis permaneceram no mesmo valor, enquanto apenas 2% das cidades viram os aluguéis diminuírem em relação a março de 2017. “Há alguns fatores acontecendo”, disse Ken Johnson, um economista imobiliário da Florida Atlantic University. Ele citou a falta de casas disponíveis e valores acima da média tanto para a compra como para aluguel como fatores determinantes. “As coisas estão caras”, ele disse, e o consumidor vai ver mais disso com o aumento da população da Flórida, que está recebendo constantemente novos residentes de outros estados, que estão fugindo de impostos maiores em seus estados de origem. “Eu acredito que a Flórida terá 30 milhões de habitantes nos próximos 20 anos. Estamos com quase 20 milhões agora. Iremos crescer em aproximadamente 50%”. Enquanto isso, não há casas suficiente para atender a essa população crescente. “Esse é um problema que iremos demorar um pouco para solucionar e dependerá de um bom planejamento das cidades”, disse Johnson. A corretora brasileira, Ângela acrescenta que frente aos aluguéis altos, tem tido bem mais procura por compras. “No momento tenho tido bastante clientes procurando comprar casas em vez de aluguel, porque os juros estão subindo e aumentaram em aproximadamente 1% no último mês. Estava entre 4 e 4,5%. Este mês consegui a 5% e há pessoas já falando em 5,5%. Com esse aumento nos juros vai dificultar um pouco mais a compra e não sabemos se as pessoas vão resolver esperar baixar novamente”.Novas construções
Tentando atender a demanda, cidades como Deerfield Beach, Coconut Crek e Pompano Beach estão construindo centenas de apartamentos. Deerfield Beach recentemente liberou a construção de mais de 300 apartamentos - enquanto Coconut Creek e Pompano Beach têm projetos em andamento que variam de 111 a 296 unidades. Essa é uma tendência que está acontecendo em toda a região, uma vez que as taxas de compras de imóveis ainda não se recuperaram do colapso imobiliário que deixou muitas pessoas devendo mais em suas casas do que elas valiam. Uma safra de novos apartamentos poderia ajudar a aliviar a escassez de residências disponíveis, o que tornou o custo dos aluguéis no sul da Flórida uma das mais inacessíveis do país quando comparada à renda local, disse o professor Eric Dumbaugh da Florida Atlantic University, especialista em planejamento e design. . Deerfield Beach aprovou, em 20 de março, com uma votação de 4 a 1, mudanças no zoneamento. Isso inclui uma nova comunidade de frente para a água que acompanharia o Canal da Hillsboro, perto de Downtown Deerfield e a 2 milhas da praia. Enquanto isso, Pompano Beach está vendo seu primeiro empreendimento residencial de grande escala em décadas a oeste da Dixie Highway. Os últimos retoques ainda estão em andamento, mas já estão 100% locados. Na semana passada, os residentes começaram a se mudar para os 111 novos apartamentos do City Vista, ao norte da Atlantic Boulevard e a leste da Interstate 95. A Monarch Station de Coconut Creek, aberta aos moradores em novembro, ainda tem um último prédio em construção para terminar seu projeto de 296 unidades na Sample Road, entre a Banks e Lyons Rd. “O desenvolvimento de apartamentos, eu diria, é o novo foco dos investidores”, disse Jack McCabe, analista da indústria imobiliária de longa data e sediado em Deerfield Beach. "Muitos desses projetos são alugados antes que a construção seja concluída." Com informações do Sun Sentinel. Escrita por Marisa Barbosa.