O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, foi extraditado para os Estados Unidos no dia 3, após fechar acordo com o FBI.
A Justiça americana decidiu fixou o valor da fiança de Marin em $15 milhões de dólares. Com aparência cansada poucas horas após ter desembarcado em New York, Marin permaneceu sentado durante a audiência na Corte Federal do Brooklyn, ao lado da esposa Neusa, e contou com tradução simultânea durante seu depoimento. Acusado de receber propinas em negociações de direitos esportivos, o ex-presidente da CBF se declarou inocente, mas ficará em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico. Uma nova audiência está marcada para o dia 16 de dezembro.
Em New York, Marin deverá ficar em seu apartamento na Trump Tower, na Quinta Avenida, avaliado em $2 milhões de dólares.
A negociação dos advogados de Marin garantiu que a ida do brasileiro aos Estados Unidos não lhe tire privilégios. Em caso de bom comportamento, Marin poderá ter sua esfera de circulação ampliada. Primeiro, será autorizado a andar pelas ruas. Depois, pela cidade. Mas o dirigente dificilmente voltará um dia ao Brasil se for condenado.
Marin é o último dos sete altos dirigentes da Federação Internacional de Futebol (Fifa) a deixar a Suíça após ter decretada sua prisão. No dia 27 de maio, uma ação conjunta das autoridades dos dois países prendeu líderes do futebol de diversas nações, especialmente latino-americanas, sob a acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e recebimento de propina.
Segundo a investigação da Procuradoria de Nova York, o brasileiro seria um dos cinco beneficiários de uma esquema de propina de $110 milhões de dólares paga para garantir os direitos de transmissão da Copa América 2015 e da Copa América Centenário, que será disputada no ano que vem. Fonte: Ansa e Globo Esporte.

